O prédio do Centro Administrativo do Estado (CAFF) consta em uma lista do Ministério Público Estadual como um dos que não têm Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI). O edifício, de 21 andares, é um dos mais importantes da administração estadual e abriga 17 secretarias e dezenas de órgãos relacionados ao governo. Diariamente o CAFF recebe mais de 4 mil funcionários e centenas de pessoas que visitam as dependências do prédio em busca de serviços públicos.
Em fevereiro do ano passado, um inquérito civil constatou a ausência do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios, o que fez o Ministério Público ingressar com uma ação civil pública contra o governo do Rio Grande do Sul.
A Rádio Gaúcha percorreu na tarde desta segunda-feira (08) os andares do prédio com uma arquitueta especialista em prevenção de incêndios para verificar como estão os equipamentos de segurança do edifício. Luciana Krombauer afirma que o principal problema é a manutenção dos equipamentos e a falta de indicação de rotas de fuga em caso de emergência.
"A prevenção no prédio existe, mas é necessária adequação das indicações de saída. Os pontos cegos do prédio não estão claros para que as pessoas consigam sair rapidamente. A manutenção também é necessária no que diz respeito às portas corta-fogo, que estão sem manutenção e não fecham, impedindo o isolamento da fumaça."
Quanto aos extintores, a arquiteta afirma que os equipamentos estão espalhados de forma correta e existem em número suficiente. As saídas para a rua do prédio também são de tamanho adequado. A Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos esclarece que o PPCI do prédio foi aprovado em setembro do ano passado e que possui dois anos para a adequação dos itens. A secretaria também afirma que uma licitação é preparada para trocar o sistema de alarmes, sinalização e portas corta-fogo. Um exercício de evacuação está marcado para o dia 14 de agosto para fazer ajustes das necessidades de segurança do prédio.
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