Mesmo com a orientação das entidades do setor para funcionamento normal nesta quinta-feira, o comércio de Porto Alegre seguiu em sua maioria na direção oposta. Segundo o Sindilojas, cerca de 70% dos estabelecimentos fecharam as portas no Dia Nacional de Lutas. A dificuldade no transporte dos funcionários foi o principal motivo para a decisão dos comerciantes. O sindicato representa aproximadamente 16 mil lojas na Capital e, no começo desta sexta-feira, apurou que o comércio deixou de arrecadar R$ 168 milhões.
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No Estado, a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) estimou que 50% das vendas do dia no varejo deixaram de ser realizadas em função das paralisações, o que representa cerca de R$ 75 milhões. De acordo com a entidade, que conta com 24 mil empresas associadas no Rio Grande do Sul, o comércio funcionou parcialmente nas principais cidades, como Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Rio Grande.
- O comércio sofreu muito em junho com os protestos, inclusive com prejuízos materiais. Os números de junho não foram bons, que é o principal mês de vendas no inverno. Começamos julho com mais esse baque. É um somatório que afeta muito os resultados - afirma o presidente da AGV, Vilson Noer.
Nos supermercados, o cenário foi de movimentação próxima na normalidade. De acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), apenas uma unidade não abriu as portas em Porto Alegre em função das mobilizações e outras devem fechar as portas mais cedo hoje. Após uma quarta-feira com vendas 10% acima do habitual, a entidade estima uma queda de 20% no faturamento nesta quinta-feira na comparação com um dia normal.
Prejuízo no comércio
Cerca de 70% das lojas da Capital fecharam as portas nesta quinta-feira
Associação Gaúcha do Varejo estima que R$ 75 milhões deixaram de circular no comércio do Estado
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