Responsável pelas investigações sobre as causas do incêndio que atingiu a casa noturna Cabaret, no sábado à noite, na Capital, o delegado Hilton Müller pretende examinar a documentação das reformas realizadas no estabelecimento, em fevereiro. Interditado por uma força-tarefa formada por prefeitura e bombeiros, o Cabaret tinha fios soltos na rede elétrica, o que representaria risco de fogo.
Titular da 17ª Delegacia da Polícia Civil da Capital, Müller quer averiguar a fundo a situação da casa noturna. Investigará pontos como o fato de a boate não dispor de Laudo de Proteção contra Incêndio (LPCI) aprovado na prefeitura, requisito para se conseguir o Alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndio expedido pelos bombeiros - e que foi obtido pelo Cabaret.
Para isso, o delegado pediu aos proprietários da casa noturna informações sobre o que foi feito para a reabertura, além de dados das empresas e dos técnicos responsáveis pela reforma. A ideia também é avaliar toda a papelada do Cabaret em poder da prefeitura e dos bombeiros - parte dos documentos da boate, segundo os proprietários, perdeu-se com o incêndio.
- Estamos colhendo depoimentos e aguardando pela perícia - afirma Müller.
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Vizinhos da casa noturna serão os próximos a falar à polícia, amanhã, enquanto o laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) deve levar pouco menos de 30 dias para ser liberado. Uma das hipóteses, a de incêndio criminoso, foi descartada pela polícia.
Causas do incêndio
Reformas do Cabaret serão investigadas pela polícia
Delegado Hilton Müller também vai avaliar a documentação da casa noturna com prefeitura e bombeiros
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