Após a tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, onde 241 pessoas morreram no incêndio do dia 27 de janeiro, houve mobilização nacional pela revisão dos sistemas de prevenção em estabelecimentos comerciais brasileiros.
No entanto, no sábado à noite o fogo tomou conta do prédio da boate Cabaret, em Porto Alegre. Dois terços da casa noturna foram queimados, mas ninguém ficou ferido. A casa noturna estava vazia.
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Conforme o engenheiro civil e especialista em prevenção de incêndio, Telmo Brentano, a legislação no Brasil é próxima à da americana, por exemplo, mas concorda que ainda há lacunas a serem preenchidas. Ele defende melhor preparo no trabalho de fiscais que atuam nas casas noturnas.
- O importante é um melhor preparo das pessoas que vistoriam o local. Uma fiscalização viral - disse Brentano em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Segundo Brentano, outra preocupação é identificar a viabilidade dos frequentadores das boates para que deixem os locais de forma segura em caso de sinistro. A localização das saídas de emergência é fundamental nesses casos, explica o engenheiro:
- A primeira coisa a se pensar é na segurança das pessoas, depois no patrimônio.
Sócio do Cabaret e secretário da Smic trocam xingamentos
Durante perícia realizada na boate Cabaret nesta manhã em busca de pistas sobre o incêndio, Carlos Beust Oliveira, um dos sócios da casa noturna, protagonizou uma discussão com o secretário da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Humberto Goulart.
>> Assista ao vídeo do bate-boca: