Em Cristal, no sul do Estado, o temporal provocou estragos no cemitério municipal. Um muro de cerca de quatro metros desmoronou e nove túmulos foram atingidos, deixando ossadas e caixões expostos.
O local está isolado e lonas pretas cobrem a cena que atraiu dezenas de moradores da cidade, entre elas curiosos e familiares das pessoas que foram enterradas no cemitério. O garçom Ivo Nascente, 48 anos, chegou poucas horas depois do estrago e disse que só deixará o local quando tiver respostas sobre os restos mortais da sua mãe, sepultada há 17 anos em um dos túmulos danificados.
- O túmulo da minha mãe partiu ao meio. Quando cheguei aqui (cemitério) me deparei com crânio e outros ossos misturados com o lodo. Me sinto como se estivesse perdendo pela segunda vez - disse, emocionado, Ivo Nascente.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil na região sul, major Márcio Facin, foi feito um boletim de ocorrência. Agora, eles aguardam pelo Instituto Geral de Perícia, para que seja feito o redirecionamento da ossada removida dos túmulos.
A prefeitura fará um levantamento sobre possíveis novos riscos de desabamento no Cemitério e deverá informar à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) sobre os riscos ambientais provocados pela exposição dos restos mortais.
