O frio deste sábado não interrompeu os trabalhos para a remoção da monoboia da Petrobras encalhada na orla do Balneário Pinhal. Os técnicos envolvidos na operação acreditam que o equipamento, desprendido de alto-mar há uma semana, poderá ser deslocado ainda neste domingo. Dezenas de curiosos acompanharam os procedimentos durante a tarde de sábado.
Com 15 metros de diâmetro e 10 de altura, e cerca de 270 toneladas de peso, a monoboia chama a atenção de quem se aproxima da guarita 197, em Pinhal. Mas os observadores têm de ficar à distância, nas dunas de areia, pois a área fica isolada, por questões de segurança. Na areia, estão espalhados grossos cabos, usados para o deslocamento da monoboia, por vezes puxada por tratores em terra. Ao fundo, no mar, três rebocadores estão a postos.
Entre carros e guindastes estacionados na areia, uma tenda plástica branca armazenava víveres para os trabalhadores - café e chimarrão foram os itens mais valorizados na tarde gelada de sábado. Para os profissionais que estavam a bordo da monoboia, posicionando os cabos para a remoção, favorecida pela maré alta, os mantimentos eram levados de jetski.
A movimentação das equipes era observada por moradores de Pinhal e também da vizinha Cidreira. Uns arriscavam palpites sobre o tempo exigido para a manobra, outros tiravam fotos. Caso da aposentada Claudete Beretta, que mora em Pinhal há três meses e se impressionou com a "gaiola" (apelido dado à monoboia pelo marido dela) - e com a presença de outros curiosos.
- Se não fosse isso, não tinha nada, nem uma viva alma estaria aqui - brincou ela.
O resgate seria interrompido à noite e retomado no domingo.