Dois clássicos bastaram para colar em Júnior Viçosa um rótulo difícil de se conquistar, o de Homem Gre-Nal. Com três gols marcados no Inter em um intervalo de sete dias, o alagoano de 21 anos já ouve comparações com outro mestre em matéria de Gre-Nal: Jorge Veras. Em comum, levam as iniciais do nome de guerra e o Nordeste como origem, o que é celebrado por Veras.
- É mais um do Nordeste. Estava torcendo pelo Grêmio e por Viçosa, por ser de Alagoas - contou o cearense Veras, no final da tarde de ontem.
Aos 50 anos, o ex-atacante trabalha como coordenador do departamento amador do Fortaleza e acompanha o Grêmio pelo pay-per-view. Domingo, vibrou com o 3 a 2 e os dois gols de Viçosa - principalmente com aquele que pode ser "o do título", nas palavras de Veras.
O desempenho, acredita, deve dar muita segurança ao guri de 21 anos. Veras sentiu isso na pele em 1987, ao estrear com dois gols em um Gre-Nal. Nisso vê semelhança com Viçosa, apesar de salientar a diferença de estilo de jogo entre ambos - enquanto era um jogador de lado, o alagoano atua mais perto da área. Essa característica, inclusive, rendeu a Veras a alcunha de carrasco do goleiro Taffarel e do lateral Luís Carlos Winck. Algo parecido ao que ocorre com Renan e os zagueiros do Inter.
- Diziam que Luís Carlos e Taffarel tremiam, mas nada a ver - desconversa Veras, sério.
O atacante Nilson, outro homem Gre-Nal, também sofreu com as cobranças. Leia a reportagem completa na edição desta terça de Zero Hora.