Néstor Kirchner nasceu na província de Santa Cruz, na Argentina, em 25 de fevereiro de 1950. Formado em Direito, antes de ser presidente da República governou durante 12 anos a província sulista na qual nasceu.
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Eleições de 2003
A aparição para o cenário político nacional da Argentina veio apenas com a disputa pela presidência, em 2003, quando concorreu com dois ex-presidentes peronistas, Alberto Rodríguez Saá e Carlos Menem. Na esteira da grande crise econômica de 2001 e 2002, e com o apoio do então presidente do país, Eduardo Duhalde, Kirchner chegou ao segundo turno com 22% dos votos.
Na segunda etapa do pleito, as pesquisas indicavam derrota de Néstor Kirchner, para Menem, que já havia ficado na frente no primeiro turno. A vitória, no entanto, veio com a desistência de Menem.
Superando a crise
As baixas expectativas iniciais não impediram que ele fizesse uma administração com forte apoio popular, ao reerguer a Argentina da crise - a economia do país cresceu em média perto de 9%. Kirchner trabalhou o fortalecimento internacional do país, aproximando-se de governos do norte da América e também dos vizinhos Sul-Americanos.
A esposa do presidente, Cristina Kirchner, já aparecia como uma figura importante durante o governo do marido. Outra marca da administração de Néstor Kirchner foi a busca pela punição dos crimes da ditadura militar (1976-1983), com a revogação das leis de anistia promulgadas nos anos 1980.
Sucessão em família
Kirchner ocupou a Casa Rosada de 2003 a 2007. A sucessão na presidência argentina ocorreu em família, com a eleição da esposa Cristina Kirchner em 2007.
Após deixar o cargo, o ex-governante prometeu se recolher aos bastidores, mas acabou assumindo a presidência do Partido Peronista e encabeçando a chapa governista nas eleições legislativas de 2009. Ele conquistou uma cadeira de deputado.
Atualmente, Kirchner ocupava o cargo de secretário-geral da União das Nações sul-americanas (Unasul), do qual tomou posse em maio de 2010.
Problemas de saúde
Os problemas de saúde perseguiam o ex-presidente argentino. Em 2004, Kirchner teve de ser operado emergencialmente em Río Gallegos, sua cidade natal e capital de Santa Cruz, devido a uma hemorragia, decorrente de gastroenterite.
Em fevereiro de 2010, ele foi submetido a uma operação na carótida para desobstrução de artéria coronariana, com objetivo de facilitar o fluxo do sangue no coração.
No mês de setembro, Kirchner passou por uma nova angioplastia. Na época, a operação foi considerada exitosa.
O ex-presidente morreu na manhã do dia 27 de outubro de 2010, devido a uma parada cardiorrespiratória. Kirchner faria 60 anos no próximo dia 25.
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