Se você curte som de garotas, sabe o peso do The Runaways. Nos tempos clássicos do rock, não era bem assim surgir uma banda só de meninas. Até que, em 1975, apareceu algo totalmente novo com o The Runaways: a combinação mulheres e guitarras.
A trajetória delas foi meteórica, durando muito pouco. Mas o primeiro grupo só de garotas a tocar rock'n'roll alto e direto fez coisas até 1979 que abriram caminho para todas as bandas de garotas rebeldes. E isso rendeu uma boa história, que agora está sendo revisitada pelo cinema.
Essas americanas pioneiras do rock feminino são o assunto do filme The Runaways, que criou expectativa e chamou atenção no festival de Sundance, nos EUA, no fim de janeiro. A direção é de Floria Sigismondi, que já fez trabalhos em clipes de Marilyn Manson e Christina Aguilera.
Mas o, digamos, grande destaque do filme é Kristen Stewart. Isso mesmo. A estrela da saga Crepúsculo encarnou um visual rocker, que tem tudo a ver com seu estilo fora dos filmes sobre romances vampirescos. Ela é a integrante Joan Jett. E Dakota Fanning, a loirinha de Guerra dos Mundos, é a rebelde Cherie Currie. Elas se beijam, falam de coisas pesadas e barbarizam. Os fãs de Crepúsculo estão preparados?
Acusam o The Runaways de ter sido uma banda montada por um empresário. E foi isso mesmo. Kim Fowley inventou o conceito e a estética. Mas isso rolou até com os Sex Pistols, que foram maquinados pelo empresário Malcom McLaren. O fato é que as meninas do The Runaways cantavam sobre sexo, bebidas e a vida nas ruas, usando lingerie em palco. Nada mais feminino no mundo do rock'n'roll.
Mulheres e guitarras juntas: a revolução do The Runaways ganha as telas
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