Completando três meses na última terça-feira (16), o grupo Brothers in Arms já doou cerca de 86 mil itens de equipamentos de proteção individual (EPIs) para hospitais, clínicas e demais entidades de saúde do Rio Grande do Sul. Ao todo, o projeto já estima ter ajudado 350 instituições do Estado.
Além do número de doações, o Brothers in Arms, que tem como objetivo ligar empresários e equipes de emergências médicas para atenuar o problema de falta de equipamento, comemora o bom número de voluntários. O programa chegou a ter cerca de mil pessoas contribuindo, apesar de 95% delas não se conhecerem pessoalmente.
— São pessoas que se unem em um propósito e não estão vinculadas. Por isso a ideia de irmandade, ‘brothers and sisters’, irmãos na causa. Aqui temos um mantra, um protocolo ético: o que nos une é somente ajudar — explica Luís Villwock, um dos idealizadores do Brothers in Arms.
Para poder entregas os EPIs, o grupo conta com a doação da população, que pode tanto entregar equipamentos quanto doar em dinheiro, por meio de uma campanha online. A logística de distribuição, por sua vez, conta com a elaboração de boletins informativos que mapeiam, diariamente, as necessidades dos hospitais, para que as pessoas saibam quais equipamentos precisam ser doados e quais locais precisam de ajuda.
— A ideia toda era facilitar, fazer com que os dados chegassem de uma maneira muito mais simples aos hospitais, que os fornecedores e doadores entrassem em contato direto — explica Carolina Coester, responsável pelos boletins.
O início do projeto
Tudo começou em uma publicação nas redes sociais. Luis Villwock postou uma homenagem para os profissionais de saúde com a música Brothers in Arms, da banda Dire Straits. Em seguida, Marcus Coester, empresário, diretor da Fiergs e membro do Pacto Alegre, replicou a postagem sugerindo que fossem feitas ações para arrecadar EPIs. Foi assim que os dois criaram a iniciativa.
Agora, o projeto já conta com apoio de entidades como Instituto Unicred, Instituto Floresta, Pacto Alegre e UFRGS. A ideia é que o Brothers in Arms continue enquanto a pandemia durar.