Prata no individual-geral nesta quinta-feira (1º), Rebeca Andrade pode apresentar uma novidade para a final do salto, no sábado (3). A atleta vem treinando um novo movimento, de alto grau de dificuldade, mas ainda não decidiu se o utilizará.
— Vai depender muito de como eu vou chegar na final do salto. Acabei de terminar a competição, preciso descansar, acordar, comer e voltar para o meu corpo. Mas vai depender muito de como eu vou me sentir — disse a atleta, em entrevista à Rádio Gaúcha, na Bercy Arena.
Semanas antes das Olimpíadas, Rebeca começou a treinar um novo salto, denominado Yurchenko, com tripla pirueta. Contudo, a ginasta não utilizou o movimento nem na final por equipes e nem no individual-geral, quando optou por fazer movimentos com menor grau de dificuldade, apostando nas habituais altas notas de execução para garantir ao menos o pódio, o que ocorreu em ambas oportunidades.
Contudo, na esperança de superar a norte-americana Simone Biles e conquistar o ouro, Rebeca não descarta utilizar o novo salto no sábado. O técnico da seleção brasileira de ginástica Francisco Porath considera o novo movimento uma espécie de "cereja do bolo".
— Primeiro a gente quer chegar nas finais. Ela treinou para fazer esse salto, mas depende muito de como vai suportar a competição e aí vamos buscar a melhor estratégia. Mas é possível se ela estiver bem — disse Porath, em entrevista recente.
Até agora, nas Olimpíadas de Paris, Rebeca já igualou as duas medalhas conquistadas em Tóquio, com o bronze por equipes e a prata no individual-geral. A ginasta ainda disputará as finais do solo, do salto e da trave. Com quatro no total até agora, atleta está a duas medalhas de se isolar como a maior medalhista olímpica brasileira em todos os tempos.
Os maiores medalhistas brasileiros
- 5 medalhas: Robert Scheidt (vela) e Torben Grael (vela)
- 4 medalhas: Serginho (vôlei), Isaquias Queiroz** (canoagem), Gustavo Borges (natação) e Rebeca Andrade (ginástica artística)**
* Em quantidade
** Ainda competirá em Paris