Uma nova chance para fazer diferente. Duplamente. É esse o sonho da Seleção Brasileira nesta terça-feira (6), às 16h, pelas semifinais do futebol feminino nas Olimpíadas. Depois de uma derrota catastrófica para a Espanha na fase classificatória, o Brasil reencontrará a melhor equipe do mundo no Estádio Velódrome, em Marselha. Uma vitória possibilitará que a equipe canarinho volte a disputar a medalha de ouro após 16 anos. E com a chance de enfrentar, novamente, o algoz de 2004 e 2008.
Um dos trunfos na busca pelo capítulo mais vitorioso da história da Seleção Brasileira vem do Rio Grande do Sul. A goleira Lorena, do Grêmio, é uma das protagonistas do time de Arthur Elias, com dois pênaltis defendidos e 18 defesas realizadas em quatro partidas.
— É tudo fruto de um trabalho. Às vezes, as pessoas não sabem o que estamos trabalhando aqui dentro. O Brasil é isso, esse é o nosso jeito de jogar. Não vai faltar dedicação, não vai faltar trabalho e não vai faltar entrega para o nosso próximo adversário, porque é um outro jogo, é semifinal, não é mais fase de grupos. Tenho certeza que será um jogo diferente — afirmou Lorena, após a classificação.
Em campo, há incógnita a respeito do time que Arthur Elias escalará na terça-feira. Além da lateral-direita Antonia, lesionada, a zagueira Rafaelle também é dúvida. A defensora vem de desconforto na coxa direita, e teve de ser substituída no duelo contra a França.
Há, ainda, a dúvida a respeito da situação de Marta. A camisa 10 foi punida com mais um jogo pela expulsão contra a equipe espanhola, ainda na etapa classificatória. A CBF corre contra o tempo para tentar, via Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), o efeito suspensivo.
De toda forma, o Brasil tentará driblar as dificuldades para desbancar as favoritas e garantir-se na final. Se isso ocorrer, há possibilidade de reencontrar os Estados Unidos na luta pelo título — disputam a outra semi contra a Alemanha, também nesta terça, só que às 13h.
Em 2004 e 2008, as únicas vezes que a Seleção chegou à decisão, acabou tropeçando para as norte-americanas. A expectativa é por escrever um capítulo diferente em 2024.