Gustavo Batista de Oliveira, o "Bala Loka", 21 anos, começou a praticar o esporte ainda na infância. A pista de Caracas Trail, berço da modalidade no país, ficava ao lado da casa que morava com a família, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Foi lá que Gustavo aprendeu suas primeiras manobras, com uma bicicleta montada pelo pai com peças de ferro velho.
Ele se apaixonou pelo esporte e aos 15 anos, o ciclista venceu uma etapa da Copa do Mundo de BMX Freestyle, na China. Continuou se destacando e se consolidou com um dos melhores do continente. Além de ter dois bronzes em Pan-Americanos de BMX Park Freestyle, foi bronze também no BMX livre dos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago, no Chile.
A decisão de tentar uma vaga nas Olímpiadas veio após Tóquio 2020, quando o BMX foi incluso nos Jogos. O primeiro passo foi compreender os códigos, regras e regulamentos que regem a modalidade, incluindo o sistema de classificação Olímpica e precisou aperfeiçoar os treinos.
Nas duas últimas séries de classificação olímpica, Bala Loka ficou em oitavo lugar na etapa de Xangai, na China, e em quarto na etapa de Budapeste, na Hungria.
Em sua primeira participação, o ciclista conquistou uma vaga na final da competição e acabou ficando em sexto lugar, com 90.89 pontos.
Apelido
O apelido inusitado surgiu por conta de um acidente que ele sofreu. Gustavo pedalou muito rápido para saltar de uma rampa e acabou caindo de uma altura considerável. Na ocasião, chegou a desmaiar e foi acordado pelo pai. No momento, ouviu de amigos que ele tinha pedalado tão rápido que parecia uma "bala louca de revólver". A partir de então, a expressão pegou e virou o apelido de Gustavo.