Aos 28 anos, a canoísta Ana Sátila levou o Brasil para a final da canoagem slalom nesta quarta (31), durante os Jogos de Paris. Em sua quarta participação em Olimpíadas, a mineira buscava medalha inédita da modalidade para o país. Após sofrer algumas penalizações, ela terminou a prova em quinto lugar, com o tempo de 112.70.
Natural de Iturama, em Minas Gerais, Ana nasceu em 13 de março de 1996 e iniciou sua trajetória no esporte ainda na infância por influência do pai, Cláudio Vargas, que era construtor e dava aulas de natação em Primavera do Leste, no Mato Grosso. Aos quatro anos, nadava e treinava boxe — sua força nos braços ajudou tanto na natação quanto na canoagem, principalmente na slalom.
Mais tarde, se mudou para Foz do Iguaçu para treinar com a seleção brasileira de canoagem. Aos 12 anos, Ana foi campeã brasileira e, aos 15, venceu o K-1 no Pan-Americano de Canoagem Slalom, em Foz do Iguaçu, garantindo a classificação para os Jogos Olímpicos — ela foi a caçula da delegação de Londres, em 2012. Nessa época, contava com o auxílio do técnico italiano Ettore Ivaldi.
Em sua primeira participação nas Olimpíadas, ficou em 16º lugar no K1 e quase avançou para a segunda fase. No mesmo ano, ficou em 3º no C1 do Mundial Juvenil e em 12º no Mundial Adulto. Em 2014, se consagrou campeã mundial juvenil na Austrália, no K1, feito até então inédito para o esporte. No ano seguinte, foi vice-campeã mundial sub-23.
No decorrer de sua trajetória, acumulou outras conquistas, sendo campeã mundial no caiaque cross em 2018 e obtendo outras duas medalhas no Mundial de 2017 — prata no cross e bronze no C1. Coleciona ainda seis medalhas nos Jogos Pan-Americanos, cinco delas de ouro. Somente em Santiago, em 2023, conquistou o lugar mais alto do pódio no C1 e no caiaque cross.
Contudo, Ana segue buscando uma medalha olímpica. A canoísta ainda representará o Brasil no caiaque cross, prova que estreia nos Jogos Olímpicos na sexta-feira (2).