- Pela primeira vez, a Cerimônia de Abertura da Olímpiada não será realizada em um estádio;
- Brasil terá delegação histórica, com uma maior quantidade de atleta mulheres em relação aos homens;
- Estrelas como Celine Dion e Lady Gaga são cogitadas para se apresentarem.
Cidade das revoluções. Cidade Luz. Cidade do amor. Cidade das artes. Capital da moda e da gastronomia. Paris é muitas em uma só. E, de hoje até 11 de agosto, será capital mundial do esporte. Um dos locais mais icônicos do planeta abra-se para receber a elite esportiva pela terceira vez. Uma experiência única a começar pela Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos, a partir das 14h30min.
A revolucionária Paris será disruptiva, ao menos, em dois aspectos. A abertura de uma Olimpíada pela primeira vez não ocorrerá em um estádio. As delegações desfilarão pelas águas do Sena e terão monumentos e pontos turísticos emblemáticos nas duas margens do rio, com final apoteótico na Torre Eiffel. A capital francesa não se contentou em ser apenas palco do maior evento esportivo, se propões a ser protagonista. A Torre, o Hotel dos Inválidos, o Palácio de Versalhes e outros pontos históricos serão moldura para as disputas como nunca visto antes na centenária vida olímpica.
Não é só na moda que a urbana Paris inova. O comitê organizador traz como outra novidade o breakdance. Esporte que dialoga com a música e que conta com um espírito metropolitano, em uma tentativa do COI de urbanizar a Olimpíada e aproximá-la das gerações mais jovens.
A partir de sábado (27) começam a ser distribuídas 329 medalhas de ouro. São mais de 10 mil atletas em busca do panteão olímpico. A expectativa de ter uma edição da igualdade de gênero. Equidade, de acordo com levantamento do ge.com, não deve se confirmar devido à peculiaridade de algumas modalidades.
Participação brasileira
O Brasil, pela primeira vez, terá uma delegação de atletas com mais mulheres do que homens. Elas são 153 em uma equipe que conta com 275 nomes. Entre eles está Rodrigo Pessoa, o primeiro brasileiro a disputar oito edições do Jogos. Ele tenta sua quarta medalha, dois bronzes e um ouro. Porta-bandeira do país em Londres 2012, o cavalheiro verá a honraria de carregar a bandeira verde e amarelo estar nas mãos do canoísta Isaquias Queiroz e da jogadora Raquel Kochhann, que superou o câncer antes de chegar a Paris.
Atletas de 21 estados brasileiros mais o Distrito Federal compõem o Time Brasil. O Rio Grande do Sul terá 19 representantes, entre atletas nascidos abaixo do Mampituba e representantes de clubes do Estado. Do outro lado do Atlântico, eles terão a oportunidade de mostrar a garra gaúcha em um momento de reconstrução do Estado.
Volta do público
Depois de oito anos, os Jogos terão de volta a sua alma. O público retorna após ausência em Tóquio 2021, devido à pandemia. O que aumenta a preocupação com o aparato de segurança, principalmente na Cerimônia de Abertura aberta. A expectativa é de que mais de 300 mil expectadores estejam espalhados ao longo do Sena.
As atrações são surpresas. As cantoras Celine Dion, eternizada ao cantar o amor em Titanic, e Lady Gaga foram vistas na cidade e estão cotadas para emprestarem sua luz ao evento.
Será que cantarão? Quem acenderá a pira olímpica? Quem vencerá os 329 ouros em disputa? Quantos brasileiros subirão no pódio? Não se sabe. Isso é parte da graça.
A resposta para as perguntas começam a ser respondidas logo mais. Quaisquer que sejam as respostas para elas, Paris, mais uma vez, está fadada a fazer história.