O atletismo brasileiro esteve muito próximo de uma conquista histórica nesta sexta-feira (6), nos Jogos Olímpicos. Érica Sena, da marcha atlética, estava na terceira posição (com larga vantagem sobre a quarta colocada) na última das 20 voltas da prova, quando recebeu sua terceira penalidade e foi obrigada a ficar dois minutos parada. A brasileira viu suas adversárias a ultrapassarem, a medalha escapar e terminou a prova na 11ª posição. Ela deixou a pista chorando.
Quando foi penalizada, a 400 metros do fim do percurso, Érica estava se aproximando da segunda colocada, a colombiana Sandra Arenas. A brasileira assumiu a terceira posição a dois quilômetros do fim da prova, após uma de suas principais oponentes, a chinesa Jiayu Yang (recordista mundial), receber a terceira penalidade e ficar dois minutos parada.
A pernambucana fez uma prova consistente, mantendo-se sempre no pelotão da frente. Até a primeira metade da competição, cerca de 15 atletas ficaram se revezando na primeira posição e nenhuma conseguiu se descolar mais do que alguns metros à frente das demais. O funil ocorreu a partir do 15º quilômetro, quando cinco se mantiveram com chances reais de conquistar a medalha, com a brasileira sempre entre elas.
O ouro ficou com a italiana Antonella Palmisano, que concluiu os 20 quilômetros em 1h29min12seg. Sandra Arenas terminou a prova em 1h29min37 e ficou com a prata. Já o bronze ficou com a chinesa Hong Liu, com 1h29min57.
Há duas regras na marcha atlética cujo descumprimento pode gerar punições caso flagradas pelos juízes. Os atletas precisam manter sempre um dos pés em contato com o chão e também, manter a perna que está na frente sempre em posição esticada (por isso há tanto movimento de quadril na modalidade). Aqueles que acumularem três punições precisam ficar dois minutos parados. Com quatro, são eliminados.
