O Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos de Tóquio tomaram uma decisão definitiva e anunciaram, nesta segunda-feira (16), que o evento será realizado sem a presença de público, tal qual as Olimpíadas, que terminaram no último dia 8. As Paralimpíadas serão ainda mais restritas em relação a exceções, e a organização pede que a população japonesa não compareça às competições de rua.
A medida tomada nesta segunda-feira tem como base o aumento de infecções pela covid-19 nas últimas semanas. O número disparou no Japão antes e durante os Jogos Olímpicos, e a organização tenta proteger os atletas paralímpicos, que fazem parte do grupo de risco da doença.
No último domingo, o Japão registrou 17.902 novos casos de covid-19, com 10 mortes. O país tem até agora 49,6% da população vacinada pelo menos com a primeira dose contra o coronavírus.
A decisão foi oficializada após uma reunião entre o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), o brasileiro Andrew Parsons, a presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e o ministro olímpico Tamayo Marukawa.
As Paralimpíadas começam no próximo dia 24 e terão a presença de 4,4 mil para-atletas, menos da metade dos cerca de 11 mil presentes nas Olimpíadas. O evento vai até 5 de setembro.
— Com o número de casos em Tóquio e no Japão, todos que vão aos Jogos precisam permanecer em alerta — disse Parsons, logo após de anunciar a decisão de não permitir a entrada de público na competição.
Os Jogos Olímpicos também não tiveram público na grande maioria dos eventos, exceto em alguns fora de Tóquio. A decisão sobre o público nos Jogos Paralímpicos foi empurrada para os últimos minutos para monitorar a evolução da pandemia do coronavírus, assim como aconteceu com as Olimpíadas, cuja proibição do público só foi definida poucos dias antes da cerimônia de abertura.