Principal nome do atletismo brasileiro, Alison dos Santos foi de promessa à medalhista olímpico em tempo recorde. Após ganhar o bronze nos 400m com barreira, nesta terça-feira (3), o atleta de 21 anos lembrou que, há apenas dois anos, estava recém iniciando no circuito profissional e era considerado uma aposta para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris.
— Foi uma ascensão meteórica. Começamos a competir em 2019 no nível mundial adulto e, correndo com os caras, vimos que era possível fazer história. No começo do ano, consegui correr na casa dos 47 segundos. Ali, vimos que estávamos brigando com todo mundo. Tem que sonhar alto. Sonhando alto, o tombo é grande. Mas e se eu não cair? Aí a vitória também vai ser grande. Vamos em busca da glória — disse o atleta a GZH, logo após conquistar o bronze no Estádio Olímpico de Tóquio.
Pela primeira vez na carreira, Alison correu abaixo dos 47s, terminando a prova em 46s72. Além de superar a sua melhor marca na carreira, o atleta bateu o recorde olímpico vigente e estabeleceu um novo recorde sul-americano. O vencedor, o norueguês Karsten Warholm, estabeleceu um novo recorde mundial, correndo em 45s94.
— A prova está muito forte. Para se ter uma noção, eu quebrei o recorde olímpico e, ainda assim, fui terceiro lugar. Está bonito de assistir. Cada vez mais estamos fazendo o impossível. Antes, era praticamente impossível alguém bater na casa dos 46s. Hoje, um cara provou que era possível correr em 45s — completou.
Alison acredita ser possível brigar pelo ouro nas próximas Olimpíadas, embora prefira traçar os objetivos do próximo ciclo passo a passo.
— A gente tenta viver uma temporada por vez, um ano por vez, um momento de cada vez. Vamos começar o ciclo de Paris e vamos focar em evoluir ano por ano e temporada por temporada para chegar em 2024 brigando por ouro — finalizou.