Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, Ketleyn Quadros, 33 anos, da Sogipa, entra em ação nesta segunda-feira (26). A partir das 23h, a judoca natural de Ceilândia (DF), atual número 8 do mundo, fará sua estreia contra a hondurenha Cergia David (268 do ranking).
Será a sua segunda participação em Jogos Olímpicos. Em Pequim 2008, Ketleyn fez história ao se tornar a primeira mulher medalhista olímpica do Brasil em esportes individuais. O SporTV transmite todas as lutas do judô, enquanto a RBS TV passa os confrontos dos brasileiros.
Ceilândia, aliás, amanheceu diferente nesta semana. Orgulhosa pela classificação da filha aos Jogos, a mãe de Ketleyn, Rosemary, pendurou na frente de casa uma faixa com a frase "minha filha está nas Olimpíadas de Tóquio".
E o caminho da filha de Rosemary no Japão não será dos mais espinhosos até as quartas de final. Se passar pela estreia, enfrentará nas oitavas a mexicana Prisca Alcaraz (número 29 do mundo) ou a mongol Bold Gankhaich (20ª). A partir de então, será páreo duro para a brasileira.
Nas quartas, poderá enfrentar a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, sétima do ranking. O caminho de Ketleyn ainda reserva um possível enfrentamento na semifinal com Clarisse Agbegnenou, da França, número 1 do mundo, prata no Rio e cinco vezes campeã mundial.
Também nesta segunda-feira, será a vez de Eduardo Yudy Santos, do Pinheiros, entrar no tatame. Ele enfrenta o israelense Sagi Muki, a partir das 23h. Na terça-feira, mais dois sogipanos em ação: Maria Portela, de Santa Maria, e Rafael Macedo, de São Paulo, estreiam em Tóquio.
No judô, os atletas que perdem na primeira fase e nas oitavas são eliminados. Caso a derrota venha nas quartas de final, o judoca terá de vencer mais duas lutas para chegar ao bronze. A competição é disputada no mítico Nippon Budokan (Salão de Artes Marciais, em português), palco da estreia do judô em Jogos Olímpicos, em 1964.