Bronze nos 200m nado livre, o gaúcho Fernando Scheffer teve o seu feito exaltado por outros nadadores brasileiros presentes em Tóquio. Após a derrota do Brasil no revezamento 4x200m, nesta quarta-feira (28), os atletas destacaram o impacto que a medalha conquistada pelo canoense terá para o futuro da natação brasileira.
— O que o Scheffer fez foi um feito histórico para o Brasil. Ele abriu portas. Ter visto o Scheffer me deu mais motivação. Ele é o primeiro cara que fez (o tempo de) 1min44s no nosso país. A tendência é a gente cada vez ter isso como objetivo, e certamente isso nos colocará em um nível maior — disse o nadador Luiz Altamir.
Já Murilo Sartori afirmou que ver Scheffer ganhar o bronze lhe ajudou a recuperar o ânimo após ficar fora da final dos 200m livre.
— Saí desanimado da minha prova, mas ver o Scheffer me deu ânimo para estar no revezamento. Temos muito a crescer ainda. Há dois ou três anos, o nosso recorde era 1min46min. Hoje, graças a esse cara aqui (apontando para Scheffer), nós quatro (da equipe de revezamento) temos 1min44s. O nível dessa prova no Brasil subiu muito. Uma prova disso foi o que o Scheffer fez — disse Murilo.
A atleta gaúcha Viviane Jungblut também parabenizou o amigo, com quem treinou junto no Grêmio Náutico União.
— O Scheffer era meu companheiro de treino, nos damos muito bem. Fiquei muito feliz com a conquista dele. Acho que ele merece muito tudo o que está conquistando. É tudo fruto de muito trabalho, treino e dedicação — disse Viviane.
Com Fernando Scheffer, Luiz Altamir, Murilo Sartori e Breno Corrêa, o Brasil ficou em oitavo lugar na final do 4x200m. Coube ao gaúcho, já na condição de medalhista, a missão de avaliar o resultado e projetar as próximas competições.
— A nossa expectativa é de sempre querer mais. Somos muito competitivos e sempre vamos sonhar com o máximo. Mas temos de ter os pés no chão de avançar um passo de cada vez e saber avaliar os pontos positivos e negativos. A nossa Olimpíada acabou, mas ainda tem muita coisa pela frente — finalizou o gaúcho.