A seleção brasileira olímpica de futebol estreou em Tóquio com uma vitória contra a Alemanha em Yokohama. Na reedição da final de 2016, quando o Brasil levou a melhor nos pênaltis, a equipe de André Jardine fez 4 a 2 e saiu na frente em busca de uma vaga nas quartas de final do torneio.
Com três gols de Richarlison, os brasileiros abriram 3 a 0 logo nos primeiros 30 minutos de partida. O resultado poderia ser ainda mais elástico, mas Matheus Cunha perdeu um pênalti no final da etapa inicial.
A equipe, no entanto, viu a Alemanha crescer no jogo no segundo tempo, mesmo com um jogador a menos. Com gols de Amiri e Ache, os europeus encostaram no placar, mas Paulinho garantiu a vitória.
O treinador brasileiro reconheceu os dois tempos distintos, mas disse que não faltou concentração para os jogadores, mesmo quando a seleção estava em vantagem na partida.
— A gente sonhava em escrever essa página da maneira que foi. Mesmo no 3 a 0, eu não consegui relaxar. A gente tem um pouco mais de experiência e sabe que o jogo nunca está ganho. Aprendemos mais uma lição hoje. Foi um misto de sensações durante o jogo. Teve o êxtase inicial, depois a preocupação por não conseguir encaixar a marcação e o alívio pelo quarto gol — disse Jardine.
Com os três primeiros pontos conquistados no Japão, o Brasil tem dois confrontos para encaminhar a vaga na próxima fase. Primeiro, no domingo, enfrenta a Costa do Marfim, que também venceu nesta quinta. Na última rodada, duela com a Arábia Saudita. O técnico tratou de pregar respeito a africanos e sauditas.
— Caráter de final. São sempre jogos decisivos, são duas seleções que se classificaram com muitos méritos para as Olimpíadas, apresentaram um nível muito alto no primeiro jogo. A Costa do Marfim tem uma capacidade de força física acima do normal, e a Arábia fez um bom jogo, teve chance de empatar e até de vencer, então respeito máximo a todos e preparação total, cuidando de cada detalhe de cada jogo — finalizou.