O Comitê Olímpico do Brasil realizou uma entrevista coletiva nesta terça-feira (13), em Tóquio, para marcar a Abertura da Missão Tóquio-2020, que contou com Marco La Porta (chefe de missão), Jorge Bichara (diretor de esportes do COB) e Ana Carolina Corte (coordenadora médica do COB).
Durante a apresentação, foi revelado que funcionários do hotel que recebe a delegação brasileira de judô em Hamamatsu testaram positivo para coronavírus. O tema foi classificado como "ponto sensível" pela médica.
— Cinco funcionários do hotel testaram positivo antes da chegada da nossa delegação, e eles não tiveram nenhum contato com a equipe brasileira. Estão isolados, assim como os contatos próximos, e sendo monitorados pela prefeitura local, que tem sido parceira. Nós estamos utilizando um elevador privativo, sem usar a área social ou tendo contato com funcionários do hotel, assim como a alimentação tem sido feita em um local separado — informou a responsável pela área médica do COB.
Segundo Ana Carolina, as medidas de segurança sanitária no local foram intensificadas e todos passaram a utilizar máscaras N95, consideradas mais seguras, além de terem sido orientados a manter o distanciamento social e reforçar a higienização com álcool gel.
O hotel fica próximo ao ginásio em que seis judocas olímpicos e nove sparrings já estão treinando para os Jogos de Tóquio.
"Nesse momento o ambiente lá está controlado"
ANA CARLOLINA CORTE
Coordenadora médica do COB
— Neste momento, o ambiente lá está controlado. Hoje, todos fizeram testes e deram negativo. O hotel tem nos informado todas as medidas que está adotando — acrescentou a médica.
O COB informa ter um plano B caso seja necessário, mas acredita que apesar dos riscos esta medida não precisará ser adotada e o todos seguirão neste mesmo hotel.
— Estamos em contato constante com a prefeitura e com a equipe e estamos seguros que o ambiente está controlado. O risco sempre vai existir, mas os riscos maiores não estão perto da nossa equipe — disse Jorge Bichara.
A equipe brasileira de judô na Olimpíada terá 13 atletas. No momento, estão em Hamamatsu, Eric Takabatake (60 quilos), Daniel Cargnin (66 quilos), Eduardo Katsuhiro Barbosa (73 quilos), Rafael Silva (+100 quilos), Gabriela Chibana (48 quilos) e Larissa Pimenta (52 quilos). Eles estão acompanhados ainda por membros da comissão técnica e por atletas de apoio num grupo composto por 26 pessoas ao todo, segundo a Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Nesta terça, 0s demais atletas viajarão para o Japão. O período de aclimatação em Hamamatsu vai até 28 de julho, quando os últimos atletas deixarão a cidade rumo à Vila Olímpica. As saídas serão escalonadas, de acordo com a agenda de competição de cada judoca.
De acordo com o protocolo adotado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Governo japonês, quem testar positivo para covid-19 no primeiro teste, feito de saliva, automaticamente faz um segundo teste PCR de saliva e, dando novamente positivo, terá que fazer um PCR de naso-faringe, popularmente chamado de "cotonete" no Brasil. Se todos os resultados forem positivos, o atleta é isolado, assim como as últimas pessoas que tiveram contato com ele. O período de isolamento é de 14 dias.