O Comitê Olímpico Internacional (COI) instalou dois centros de vacinação, um no Catar e outro em Ruanda, para os participantes dos Jogos Olímpicos de Tóquio que "não podem ser vacinados em seus países de origem", anunciou a entidade nesta quarta-feira (2).
Esses dois "vacinódromos" vão oferecer a vacina Pfizer-BioNTech, de acordo com a promessa feita em 6 de maio pelas duas empresas farmacêuticas de fornecer doses às delegações dos Jogos Olímpicos (23 de julho a 8 de agosto) e Paralímpicos (24 de agosto a 5 de setembro).
O COI garantiu recentemente que pelo menos 75% dos residentes da Vila Olímpica "já haviam sido vacinados" ou tinham "previsão de ser" e o objetivo é conseguir imunizar o restante dos participantes, em um momento em que a realização dos Jogos suscitam grandes temores no Japão.
A ideia, portanto, é organizar a viagem a Doha ou Kigali para atletas "que ainda não têm acesso a programas de vacinação".
— Essas possibilidades de vacinação suplementar permitirão que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 sejam seguros e proporcionem segurança não apenas aos participantes, mas também à população japonesa — disse James Macleod, diretor do programa Solidariedade Olímpica.
O Comitê Olímpico do Catar confirmou que receberá a equipe olímpica de refugiados no início de julho para uma concentração de treinamento em Doha, antes de sua viagem para Tóquio.
Catar e Ruanda fizeram do esporte um de seus instrumentos para ganhar presença internacional. O primeiro há doze anos com grandes investimentos e o segundo mais recentemente, visando sobretudo o ciclismo.
O Catar sediou, entre outros eventos, o Campeonato Mundial de Atletismo de 2019 e sediará a Copa do Mundo de Futebol em 2022. Também tem a expectativa de organizar os Jogos Olímpicos de 2032, embora Brisbane, na Austrália, seja o candidato "preferido" do COI.
Ruanda, por sua vez, aspira a sediar o Campeonato Mundial de Ciclismo em Estrada de 2025, o que o tornaria o primeiro país africano a sediar esse evento.
* AFP