O mineiro Bruno Soares conquistou na última quinta-feira (10), o bicampeonato na chave de duplas do Aberto dos Estados Unidos. Atuando com o croata Mate Pavić, ele ergueu seu sexto troféu de Grand Slam, conjunto que reúne os quatro maiores torneios do circuito mundial de tênis, que ainda inclui o Aberto da Austrália, Wimbledon e Roland Garros.
A campanha de Bruno e Mate foi excepcional. Com a diminuição no número de jogadores na chave, em virtude da pandemia de covid-19, eles não conseguiram ser nominados cabeças de chave e pegaram uma tabela duríssima.
Nas duas primeiras rodadas, venceram o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos, quinta dupla na lista de pré-classificados, e na sequência os norte-americanos Jack Sock e Jackson Withrow sempre depois de perderem o set inicial.
Logo depois, nas quartas de final, eles passaram pelos britânicos Jamie Murray, parceiro de Soares nas conquistas do Aberto da Austrália e do US Open de 2016, e Neal Skupski, em sets diretos. A semifinal diante do Jean-Julien Rojer e o romeno Horia Tecău, que em 2015 venceram a chave de Wimbledon, pareceu ser o jogo mais tranquilo.
Na decisão, o canhoto Pavić e o destro Soares dominaram completamente o holandês Wesley Koolhof e o também croata Nikola Mektic e asseguraram um cheque de 400 mil dólares, além de uma vaga no ATP Finals, torneio que reúne as oito melhores duplas da temporada.
— Uma trajetória duríssima até o título. Esse ano por ser um torneio menor a gente não saiu de cabeça (de chave), num Grand Slam normal teríamos sido e evitaríamos um confronto forte na estreia, mas adversário não se escolhe e sabíamos que estávamos bem treinados e conseguimos fazer um grande jogo e avançar em três sets, assim como na segunda rodada e fomos crescendo e jogando cada vez melhor ao longo do torneio, aumentando a confiança. Foi uma das chaves mais duras de Grand Slam que eu já tive e conseguir levantar esse troféu me deixou muito feliz — avaliou Bruno Soares, em entrevista ao programa Gaúcha 2020, da Rádio Gaúcha, neste sábado (12).
Agora, o mineiro se prepara para a disputa de uma curta temporada de saibro, com o Masters de Roma, a partir da segunda-feira (14) e do Aberto da França, em Roland Garros, que deverá começar no dia 28 de setembro.
Mas mesmo com esses torneios e mais dois Masters, além do Finals, Bruno já projeta o próximo ano. Segundo ele, o seu grande objetivo é conquistar uma medalha nos Jogos Tóquio 2020. E para isso, ele terá a parceria do conterrâneo Marcelo Melo, que no circuito divide a quadra com o polonês Lukasz Kubot.
—Extremamente honrado e feliz. Me sinto um privilegiado por ter conquistado tudo que ganhei. Mas sem dúvida, o meu grande foco agora são os Jogos Olímpicos. Será minha última Olimpíada e é um sonho meu e do Marcelo (Melo) e a gente vai com tudo. Quero me focar o máximo, concentrar todas as minhas energias em busca de uma medalha —garante o tenista que terá 39 anos nos Jogos Olímpicos.
Confira os principais números da carreira de Bruno Soares:
Estreia como profissional: 2001
Títulos conquistados no circuito da ATP: 33
Finais disputadas no circuito da ATP: 63
Títulos de Grand Slam: 3 em duplas (US Open 2016 e 2020 e Aberto da Austrália 2016) e 3 em duplas mistas (US Open 2012 e 2014 e Aberto da Austrália 2016)
Finais de Grand Slam: 8 (4 em duplas e 4 em duplas mistas)