Tão logo saiu a decisão do Comitê Olímpico Internacional de adiamento por um ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio, as atenções da CBF se voltaram para a seleção masculina de futebol. O torneio da Olimpíada limita em 23 anos a idade máxima dos atletas, abrindo a exceção para três jogadores acima desta faixa etária. A Fifa é quem determina este regramento, e já sinalizou com a possibilidade de ampliar para 24 anos, o que preservaria os atletas que disputaram torneios pré-olímpicos e que estavam habilitados a atuarem em 2020.
Na CBF, o coordenador de seleções de base do Brasil, Cláudio Ibrahim Vaz Leal, o ex-lateral Branco, espera uma posição oficial da entidade através do presidente Rogério Caboclo, para o qual levará seu ponto de vista. Ele defende o aumento da idade limite:
— Seria o mais lógico (aumentar o limite de idade). Não se pode punir os garotos que garantiram a vaga e que trocam de idade agora, eles têm merecimento. O melhor é aumentar o limite para 24 anos e simplificar tudo.
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil Paulo Wanderley, ratificou que as federações internacionais é que determinam participantes e regulamento para as competições nas olimpíadas, repassando-os ao Comitê Olímpico Internacional:
— No caso do futebol, tudo é decidido pela Fifa, e as definições de equipes e delegações do Brasil na modalidade ficam por conta da CBF.
A reunião da Fifa para o sorteio dos grupos do futebol na Olimpíada estava marcada para o próximo dia 24 de abril. Num primeiro momento, o evento seria em Tóquio, mas foi transferido para Zurique em função da covid-19 e posteriormente adiada, ainda sem nova data. Nos próximos dias, a entidade comunicará a nova programação às federações envolvidas nos torneios masculino e feminino. A competição dos homens é a única na programação olímpica com limitação de idade para os atletas.