Depois de criticar "rumores irresponsáveis", o presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Yoshimo Mori, voltou a repetir nesta quinta-feira (13) que não considera "adiar ou cancelar" o evento em razão da epidemia do novo coronavírus. A apenas 162 dias da cerimônia de abertura, as perguntas sobre um eventual adiamento da competição em razão de propagação do vírus por toda a Ásia estão aumentando.
— Gostaríamos de coordenar com o governo nacional e agir com calma — disse Mori durante uma reunião com autoridades do Comitê Olímpico Internacional (COI).
As autoridades japonesas anunciaram a primeira morte de uma pessoa infectada pelo coronavírus, uma idosa de 80 anos que morava em uma área próxima de Tóquio. O ministro da Saúde, no entanto, afirmou que não está claro se o novo coronavírus foi a causa direta da morte.
A epidemia de pneumonia viral, oficialmente chamada COVID-19, já forçou o adiamento de uma série de eventos esportivos na China, incluindo competições de qualificação olímpica. A lista não para de crescer. Na quarta-feira (12), o GP de Fórmula-1 de Xangai foi adiado e pode ser cancelado. Outros eventos esportivos programados na Ásia também podem ser adiados se a epidemia se expandir.
Durante a reunião com os membros do COI, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, prometeu aplicar "medidas rigorosas" para proteger a população contra o COVID-19 à medida que os Jogos Olímpicos se aproximarem.
O prefeito da vila olímpica, Saburo Kawabuchi, disse na reunião que espera um aumento da umidade do ar para limitar a doença.
— Temos a estação das chuvas que pode derrotar o vírus — disse ele.
O Japão tem 28 casos positivos do novo coronavírus em seu território. Outras 218 pessoas estão infectadas em um cruzeiro em quarentena na costa japonesa.