Na última segunda-feira, Bernardinho e José Roberto Guimarães entraram no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil. O espaço, que ficará na nova sede do COB, no Centro de Treinamento Time Brasil, será aberto à visitação pública. A proposta é eternizar atletas e treinadores que ajudaram a construir a história esportiva do país, promovendo o olimpismo e inspirando novas gerações.
Hortência, Chiaki Ishii (o primeiro medalhista olímpico do judô brasileiro), o velejador Torben Grael, a dupla do vôlei de praia Sandra Pires e Jackie Silva e o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima também são membros do Hall da Fama. Outros grandes nomes do esporte brasileiro, como Joaquim Cruz, Magic Paula e os já falecidos Guilherme Paraense, João do Pulo, Maria Lenk e Sylvio Magalhães Padilha ainda serão homenageados até o final do ano.
Esta medida pode ser algo inexpressivo dentro do noticiário esportivo. Porém, lembranças como essas fortalecem o esporte. Afinal, as futuras gerações precisam conhecer quem as antecedeu e criou espaço para que hoje eles possam estar ocupando novos espaços.
Assim como o futebol brasileiro não seria o mesmo sem Pelé, Garrincha, e outros craques, o esporte olímpico brasileiro não existiria se Guilherme Paraense não conquistado o primeiro ouro em 1920, na Antuérpia, e Maria Lenk disputado os Jogos de Berlim, em 1936, numa época em que as mulheres estavam relegadas a um segundo plano no mundo esportivo.
Por isso, atos como estes são merecedores de elogios, ainda mais em um país que não prima pela memória. Preservar a história do esporte olímpico é necessário sim.