Dos 17 projetos no Rio Grande do Sul inicialmente selecionados para construção de Centros de Iniciação ao Esporte, como parte de um plano do legado olímpico, restam 12 com contratos ativos para as obras. Destes, apenas cinco já tiveram autorização para começar os trabalhos, sendo que em um deles, em Passo Fundo, houve apenas a terraplenagem da área.
Os outros sete com contratos ativos aguardam a liberação das verbas e nem sequer iniciaram as obras. Um desses sete, em Pelotas, relatou à reportagem que desistiu de fazer o centro e está construindo uma escola no local.
Veja a situação dos 17 centros no Estado.
Leia mais
Construção de centros esportivos prometidos como legado se arrastam
Parque Olímpico completa um ano em busca de soluções
Sem meta numérica de medalhas, esporte brasileiro busca manter o nível
COM AUTORIZAÇÃO PARA INÍCIO DAS OBRAS
URUGUAIANA
Valor do investimento: R$ 4.181.640,43
Situação: previsão de término era em março do ano passado, mas as obras estão paradas após a rescisão do contrato com a empresa vencedora da licitação.
CANOAS
Valor do investimento: R$ 4.638.203,42
Situação: previsão de término era para 22 de agosto, mas a prefeitura informou à reportagem que o CIE fará parte de um projeto maior, que inclui parcerias com cursos de Educação Física. Devido à ampliação do programa, as obras têm nova projeção de conclusão: fevereiro do próximo ano.
SANTA CRUZ DO SUL
Valor do investimento: R$ 3.143.647,62
Situação: os trabalhos seguem, mas não haverá tempo hábil para concluir no prazo que consta da placa indicativa, em 29 de agosto. Contatada por ZH, a prefeitura informou que o termo para o início dos trabalhos é de maio de 2017, e a conclusão está prevista para maio de 2018. As placas indicativas serão trocadas.
CAXIAS DO SUL
Valor do investimento: R$ 3.165.381,14
Situação: obras começaram em janeiro deste ano e tem previsão de término em junho de 2018. Segundo a prefeitura, os trabalhos estão dentro do cronograma.
PASSO FUNDO
Valor do investimento: R$ 4.681.912,07
Situação: com demora na liberação da verba, empresa vencedora da licitação disse não ser possível executar pelo valor licitado. Prefeitura estuda se abrirá nova licitação ou utilizará o terreno para outro fim.
AGUARDAM AUTORIZAÇÃO
NOVO HAMBURGO
Valor do investimento: R$ 3.664.500,35
Situação: terreno está preparado para receber o centro. Em contato com ZH, o secretário de esportes, Jorge Schmidt, afirmou que o município está pronto para gerir a estrutura.
SÃO LEOPOLDO
Valor do investimento: R$ 3.367.288,28
Situação: moradores fizeram uma horta comunitária no terreno. Relatam que houve remoções de pessoas que ocuparam a área.
SAPUCAIA DO SUL
Valor do investimento: R$ 3.367.288,28
Situação: não houve interessados na primeira licitação. Prefeitura prepara documentação para iniciar novo processo. Moradores ajudam na conservação da área, que tem campinhos de futebol e um parque infantil.
RIO GRANDE
Valor do investimento: R$ 3.890.750,10
Situação: segundo a prefeitura, a obra tem previsão de início para setembro, com conclusão em 12 meses.
GRAVATAÍ
Valor do investimento: R$ 3.877.730,10
Situação: o município afirma que fez a limpeza do terreno e aguarda as verbas para iniciar as obras. De acordo com a prefeitura, não há previsão de quando os trabalhos irão começar.
VIAMÃO
Valor do investimento: R$ 3.367.288,28
Situação: segundo a prefeitura, há expectativa de que os recursos serão liberados até o final do ano. O Ministério do Esporte afirma que ainda há pendências no processo de licitação.
NÃO VAI CONSTRUIR
PELOTAS
Valor do investimento: R$ 3.367.288,28
Situação: o contrato com o Ministério do Esporte está ativo, mas a prefeitura de Pelotas informou à reportagem que seu projeto não foi aprovado pela pasta. O município reclamou que não foram consideradas "as características geoclimáticas e peculiaridades de cada região". O Ministério do Esporte rebateu, afirmando que há previsão de estruturas que contemplam peculiaridades de quase todas as cidades, e lembrando que é permitida a flexibilização dos projetos. No terreno, está em construção uma escola municipal.
CONTRATOS DESATIVADOS
ALVORADA
Prefeitura alegou questões técnicas relacionadas ao terreno e as contrapartidas que o município teria de fornecer como motivos para o encerramento do termo de compromisso. O ex-secretário de esportes da cidade, Marcelo Guimarães, destacou as dificuldades financeiras da prefeitura para bancar a parte que lhe cabia do centro e para gerir o local. O terreno está abandonado.
BENTO GONÇALVES
As características do terreno, que é um aterro, não comportavam a construção. O município solicitou a mudança de local, mas não foi atendido pelo Ministério do Esporte. Agora, uma obra será realizada para preparar a área, de modo que possa comportar a realização de construções futuras.
PORTO ALEGRE
A administração anterior alegou, como motivos para a desistência das construções na Restinga e no Rubem Berta, dificuldades financeiras para gestão dos centros e a atuação da prefeitura em local junto ao terreno onde estava previsto o CIE da Restinga. No Rubem Berta, foi inaugurada uma escola municipal, mas ainda há uma parte do terreno que está abandonado.
SANTA MARIA
A prefeitura informou que surgiu a possibilidade de construir uma escola no terreno indicado para o CIE. Com isso, pediu ao Ministério do Esporte a mudança de local, o que foi negado.
* ZH Esportes
