Foram quatro cerimônias olímpicas no Maracanã e, como herança, além da necessidade de ajustes nas arquibancadas, teto e outros pontos, o gramado do estádio ganhou um buraco. A situação do campo foi registrada nesta terça-feira pela Rádio Globo, com uma foto aérea.
O buraco está bem no círculo central e gera mais uma preocupação para os clubes, especialmente Flamengo e Fluminense, que sonham em poder usar o estádio antes do dia 30 de outubro – data prevista em contrato para devolução por parte do Comitê Rio 2016.
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Segundo Marcelo Rubens Paiva, um dos diretores das cerimônias dos Jogos Paraolímpicos, o buraco foi feito para encaixar um robô utilizado na abertura da Paraolimpíada.
– O palco do projeto inicial da cerimônia da abertura da Paralimpíada tinha 2m de altura. Porque tínhamos um robô KUKA para encaixar abaixo, que dançaria com a atleta Amy, cuja altura, dobrado, é de 1m30cm. Descobrimos que os atletas cadeirantes, que pediram para entrar logo no começo, não conseguiriam ver a cerimônia sentados ao redor. Decidiu-se cavar um buraco de 30 cm para encaixá-lo e atender ao pedido dos atletas. O palco ficou com 1 metro de altura. Não afetou a irrigação, nem é esta a obra que atrasará ou não atrasará a devolução do estádio ao futebol – escreveu Rubens Paiva, em seu blog no site do Estadão.
Com a propagação da imagem do gramado esburacado, Marcelo Rubens Paiva passou a rebater torcedores, especialmente flamenguistas, no Twitter. Os internautas contestam a versão do jornalista e diretor porque a imagem sugere um cenário muito mais grave do que o descrito por ele desde o início dos Jogos.
Segundo a reportagem do portal Lance, o Comitê Rio 2016, entende que o buraco não é um problema tão grave assim de ser resolvido, sendo possível cobri-lo em cerca de cinco dias.
Mas esse não é o único problema no Maracanã. O gramado, pela previsão, só ficaria apto a receber partidas de futebol em 15 de outubro. Paralelamente a isso, o Comitê precisa desmontar diversas estruturas, como a tribuna de imprensa, e recolocar as cadeiras cativas. Na segunda-feira, o presidente do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, explicou a dificuldade.
– A responsabilidade do Comitê é devolver o Maracanã como estava. Foram uma série de modificações feitas, questão de luz, som, alta tecnologia, fogos, tudo isso concatenado com música. Nosso objetivo é fazer o maior esforço possível. Já tivemos o pedido feito pelos clubes. Mas o mais importante é que possamos entregar e queremos poder atender aos clubes, mas garantir isso hoje é impossível – afirmou Nuzman na ocasião.
*LANCEPRESS