Uma festa cheia de surpresas, marcada por músicas, coreografias e, principalmente, pela mensagem da diversidade, da inclusão e da superação. Assim foi a cerimônia de abertura da 15ª edição dos Jogos Paraolímpicos, realizada na noite desta quarta-feira, no Maracanã.
O primeiro ato da Paraolimpíada também acabou sendo um momento de reflexão. Em várias situações, o público que encheu o estádio foi convidado a perceber o mundo como um cadeirante, um deficiente visual ou um amputado.
Leia mais
Relembre os principais momentos da cerimônia de abertura
21 atletas paraolímpicos brasileiros que você deveria conhecer
A história de dez atletas paraolímpicos que vencem limites
Logo na abertura, um dos pontos altos da festa, o salto de uma megarrampa do cadeirante Aaron Wheelz. Também mereceram destaque as belezas do Brasil e as peculiaridades dos cariocas, como o vendedor de mate e os esportes na praia. O hino nacional, tocado pelo maestro João Carlos Martins, foi ouvido de pé e terminou sob aplausos.
Diferentemente da Olimpíada, o desfile das delegações paraolímpicas começou na parte inicial do evento e se estendeu por quase duas horas. Vaias suaves para os argentinos, aplausos para canadenses, chineses, espanhóis, portugueses e tantos outros. Já os brasileiros foram recebidos com euforia, ao som de “O Homem falou”, de Gonzaguinha, que enfatiza uma festa com diversidade e união.
Depois da passagem dos atletas, houve os discursos. O do presidente do comitê organizador, Carlos Arthur Nuzman, estava agradando, recebendo aplausos, mas foi só elogiar o apoio recebido pelos governos que a vaia veio forte e, por alguns minutos, notou-se com clareza o clima político tenso em que vive o país. Coube ao presidente Michel Temer declarar o início dos Jogos. E o novo comandante do país ouviu gritos fortes de protesto.
Voltando à festa, a parte final foi um espetáculo de coreografias, luzes e som. Em também de emoção com a participação das crianças com deficiência, com a performance da atleta paraolímpica e atriz norte-americana Amy Purdy e pela superação da Márcia Malsar, paratlreta dos anos 1980 que chegou a cair carregando a tocha, mas se levantou e foi aplaudida em pé por todo o Maracanã.
O ato derradeiro, o acendimento da pira pelo nadador cadeirante Clodoaldo Silva, empolgou o público. A simbólica escadaria da Candelária ganhou rampas para que ele cumprisse a etapa mais tradicional da cerimônia de abertura.
E como um bom evento que se preze no Rio de Janeiro, tudo terminou da mesma forma como começou, com música e alegria.