Uma das apresentadoras de TV mais famosas da Grã-Bretanha, Charlie Webster vive um drama no Rio de Janeiro. Presente na Olimpíada 2016 como embaixadora do Team GB – a delegação de atletas britânicos nos Jogos –, ela contraiu um tipo raro de malária durante uma viagem ao norte do Brasil, antes do início da competição.
Webster, 33 anos, participou de uma atividade de bicicleta que percorreu 4,8 mil quilômetros pela França, Espanha, Portugal e do norte do Brasil até o Rio, arrecadando dinheiro para um grupo de combate ao câncer. Durante a viagem, ela acabou contraindo a doença.
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A apresentadora chegou ao Rio no dia 4 de agosto e começou a se sentir mal durante a cerimônia de abertura da Olimpíada. Webster imaginou que estivesse sofrendo de desidratação por conta da intensa atividade nos pedais. Ela foi a um hospital no Rio e passou por tratamento, inclusive publicando fotos nas redes sociais, mas não melhorou. Os médicos acreditavam que se tratava de uma infecção, mas só nos últimos dias descobriram que o caso devia-se à malária.
De acordo com o tabloide britânico The Sun, um amigo de Webster disse que o quadro da doença evoluiu nos últimos dias. Os seus rins estariam paralisados, obrigando a apresentadora a passar por diálise, e na última sexta-feira ela foi colocada em coma induzido, precisando de um ventilador mecânico para conseguir respirar.
Com a evolução da doença, os médicos brasileiros chamaram os parentes de Webster, que voaram de Londres ao Rio para acompanhá-la na tentativa de recuperação. Especialistas médicos dos Estados Unidos e do Reino Unido também foram chamados para tentar debelar a malária.
A malária é uma doença contagiosa, transmitida pelo mosquito Anopheles, por transfusão de sangue contaminado ou pelo uso de seringas compartilhadas com alguém que seja portador da doença. No Brasil, segundo o site do médico Drauzio Varella, 98% dos casos são registrados na região amazônica. Ela costuma causar febre e dores de cabeça, geralmente não sendo fatal. Não existe vacina para prevenir a doença.