A atleta Yelena Isinbaeva, bicampeã olímpica, mostrou nesta quinta-feira sua intenção de ir a um tribunal internacional de Direitos Humanos, depois de o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) confirmar a proibição dos competidores russos de atletismo participarem dos Jogos Olímpicos do Rio.
Isinbaeva, que não tem acusações direcionadas de doping na Rússia, viu que seu recurso – como dos outros 67 atletas russos – foi rejeitado nesta quinta pelo TAS, validando a decisão da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) de impedi-los de participar nos Jogos do Rio.
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– Há material para recorrer à decisão individual contra a sentença do TAS", declarou em um vídeo divulgado na VK, uma rede social russa. –Se (esse recurso) for rejeitado, irei mais longe, até um tribunal internacional de Direitos Humanos para demonstrar que não estava envolvida (no sistema de doping organizado da Rússia) – completou.
A atleta pode comparecer diante do Tribunal federal suíço e do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, ao que provavelmente fez alusão com suas palavras.
– É uma questão de princípios, e não está ligado em todo caso à participação nos Jogos do Rio, já que os prazos são muito curtos para isso – explicou Isinbaeva.
Campeã olímpica em 2004 e 2008, a russa acrescentou que não vê nenhuma razão para continuar treinando se o COI decidir excluir dos Jogos o conjunto de atletas russos.
– Muitos asseguram que parece que estou em tão boa forma que posso enfrentar um novo ciclo olímpico. Mas não, já tenho 34 anos, e escolheria minha família. A decisão do TAS arruinou minhas últimas esperanças de terminar minha carreira com um título olímpico – afirmou.
* AFP