A relação obscura entre doping e atletismo voltou à tona nesta quarta-feira no cenário internacional. Desta vez o palco é a Itália, que suspendeu 26 atletas da modalidade por burlarem o sistema de controle de dopagem.
Em nota oficial, a Agência Nacional Antidoping local (NADO Itália) divulgou que todos os competidores pegaram uma pena de dois anos. As suspensões foram baseadas em dois artigos do Código Mundial Antidopagem: o 2.3 (se evadir ou se recusar a realizar um teste) e o 2.4 (falha em cumprir as determinações do programa Whereabouts, em que os atletas precisam informar horários e locais em que podem ser encontrados para exames surpresa).
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O anúncio da NADO, no entanto, não detalha a data de início e término das suspensões de cada atleta, e também não aprofunda quais teriam sido as violações cometidas por cada um dos 26 suspensos.
A decisão foi tomada após uma investigação no país intitulada Olympia, e liderada pela Procuradoria da República da cidade de Bolzano. Além dos 26 suspensos, outros 39 atletas também fizeram parte do inquérito, mas acabaram absolvidos.
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Entre os nomes mais conhecidos dos punidos está Fabrizio Donato, medalhista de bronze na Olimpíada de Londres-2012 no salto triplo. Também faz parte da lista negra italiana Andrew Howe, americano naturalizado e que foi vice-campeão mundial no salto em distância em Osaka-2007.
De acordo com a Federação Italiana de Atletismo, todos os atletas serão proibidos de defender a seleção local em competições depois que a pena terminar.
A notícia é mais um golpe na credibilidade do atletismo mundial. A Rússia está suspensa de competições internacionais por montar um esquema de violação ao combate ao doping, que contou com autoridades importantes do esporte local. Além disso, o ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, foi preso no mês passado por ser acusado de envolvimento com corrupção.
*LANCEPRESS