O Comitê Olímpico Brasileiro trabalha com uma projeção de 27 a 30 medalhas do Brasil na Olimpíada de 2016, o que representaria um crescimento de 10 medalhas em relação aos últimos Jogos. A cor delas? Não importa. Pelo menos para o COB, que se atém ao número total de pódios, não ao de ouros conquistados. Como bem destacou o colega André Baibich em seu blog Volta Olímpica, nas últimas quatro Olimpíadas, 26 das 54 medalhas conquistadas pelo Brasil foram de bronze, enquanto 11 foram de ouro e 17 de prata. Os números ajudam a puxar o país para baixo na classificação geral do quadro de medalhas, já que as medalhas de ouro e prata servem como critério de desempate oficial. No mesmo período, a melhor colocação do Brasil no quadro foi em Atenas 2004, justamente na edição em que teve menos bronzes - apenas três - e mais ouros - cinco. A pergunta que fica é: em vez de focar na quantidade de medalhas, o ideal não seria focar na qualidade delas?
Segundo o COB, o objetivo é baseado no ganho de espaço em várias modalidades, já que o Brasil é um país emergente no esporte. Se quiser entrar no top 10 do quadro de medalhas oficial da competição em 2016, o Brasil teria que garantir pelo menos quatro ouros a mais em comparação com o desempenho em Londres para alcançar a Austrália, 10ª colocada em 2012 (veja a comparação no quadro abaixo).
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Governo naturaliza dois do polo aquático
Nascido na Sérvia, onde joga profissionalmente, e sem vínculo sanguíneo ou civil com brasileiros, Slobodan Soro será o goleiro da seleção brasileira de polo aquático nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Pouco mais de um ano depois de dar entrada na documentação, o atleta medalhista olímpico pela Sérvia, aposentado da sua seleção nacional, conseguiu a naturalização brasileira graças à intervenção do governo brasileiro. A portaria publicada em 14 de abril beneficia também o central croata Josip Vrlic, compatriota do técnico da seleção, Ratko Rudic.
Para que o Governo abrisse uma exceção e os jogadores se tornassem oficialmente cidadãos brasileiros, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) precisou convencer o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT-SP), dos "serviços relevantes" que eles podem prestar para um time que não disputa uma Olimpíada desde 1984 e recebeu convite para jogar em casa.
EM OBSERVAÇÃO: Roberto Scheidt
Após recuperar-se de uma artroscopia no joelho, realizada em março, o atleta já subiu ao pódio duas vezes na temporada 2015. Conquistou um bronze na etapa de Hyères da Copa do Mundo de Vela, em abril, e uma prata na Semana Olímpica de Vela, em Guarda, no último final de semana. Os dois bons resultados dão confiança para a disputa do Mundial de Vela, na Polônia, de 25 de agosto a 5 de setembro. O atleta, já veterano olímpico, precisa recuperar o desempenho físico e melhorar a resistência.
Novos esportes na Olimpíada de 2020
No início da semana, o Comitê Organizador de Tóquio abriu as inscrições para os esportes que podem ser incluídos na Olimpíada de 2020. Trinta e três federações foram convidadas a participar da disputa. Beisebol e softbol, muito populares no país-sede, devem ser os favoritos. Squash, boliche, surfe e caratê devem estar entre os concorrentes. As inscrições vão até o dia 8 de junho. Os escolhidos serão conhecidos nos Jogos do Rio, em 2016.
BUS SLOW TRANSIT
Foto: Estadão Conteúdo
O Bus Rapid Transit (BRT), sistema de transporte público baseado no uso de ônibus, grande projeto de transporte do Rio para a Olimpíada, está ameaçado de fracassar. O BRT Transoeste, apresentado como solução para a zona oeste, a mais populosa da cidade, enfrenta grave crise. Na foto, passageiros aguardam embarque na estação Mato Alto, no Recreio dos Bandeirantes.
*ZHESPORTES