A Olimpíada do Rio promete deixar um legado para a população do Rio de Janeiro, assim como os Jogos Pan-Americanos prometeram. O que se espera é que a organização do megaevento do ano que vem tenha aprendido com os erros de 2007. O Pan deixou um legado pífio, instalações subaproveitadas ou com necessidade de reformas. Os exemplos mais emblemáticos são o Velódromo e a Vila do Pan.
Com custo inicial previsto em R$ 7 milhões, o Velódromo teve seu valor dobrado durante o andamento das obras. A instalação, que recebeu as provas de ciclismo de pista em 2007, não atendia aos padrões olímpicos e foi demolida para dar lugar a novos ginásios no Parque Olímpico. Por pouco, a Vila do Pan não teve o mesmo destino. Local que recebeu os atletas para a competição, e hoje casa de moradores distribuídos em seus 17 edifícios, a Vila apresentou afundamento do solo e necessitará de novo investimento - R$ 62 milhões de dinheiro público - para conserto. A previsão é que os trabalhos estejam concluídos até o segundo semestre de 2016.
_ Apesar dessa obra não ser fruto da minha gestão, gostaria de pedir desculpas em nome da prefeitura para os moradores que vieram aqui, aplicaram suas economias e investiram. Estamos começando a recuperação do entorno para entregar o mais breve possível - explicou o prefeito Eduardo Paes, em visita à Vila do Pan no dia 11.
VILA DO PAN
Custo R$ 336 milhões
Receberá investimento de quase R$ 62 milhões da prefeitura do Rio para recuperação.
VELÓDROMO
Custo de R$ 14 milhões
Demolido em 2013 para dar espaço a novas instalações do Parque Olímpico para o Rio 2016.
EUA lançam site para arrecadar fundos olímpicos
Por US$ 100, você pode comprar uma bola para basquete em cadeira de rodas. Um protetor bucal de rúgbi sai por US$ 10, mesmo preço de uma raquete de badminton. Os produtos estão todos disponíveis no novo site do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, basta acessar www.teamusa.org. A novidade é que o comprador não vai recebê-los em casa. O correspondente em dinheiro vai direto para a preparação dos norte-americanos visando os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio, em 2016.
Diferente da maior parte dos comitês olímpicos nacionais, inclusive o brasileiro, o dos Estados Unidos não recebe verbas públicas. A entidade sobrevive com dinheiro de patrocinadores (mais de 30 empresas, do calibre de Nike, Coca-Cola, GE, P&G, Samsung, Visa e McDonalds), licenciamento e doações, que são solicitadas com o argumento de que os treinos de cada atleta custam entre 20 e 35 mil dólares por ano.
O novo site funciona nos mesmos moldes daqueles utilizados em casamentos. As pessoas escolhem simbolicamente os produtos, mas o beneficiado pelo "presente" recebe apenas o valor correspondente ao item comprado. Neste caso, o compromisso é com o esporte do país.
EM OBSERVAÇÃO: Sarah Menezes
Medalha de ouro na categoria até 48 kg em Londres-2012, a judoca não conquistava um bom resultado desde julho do ano passado até o último final de semana, quando conquistou o ouro no Pan-Americano. Sarah havia sido eliminada já na estreia do Mundial de Judô, em agosto, venceu só uma luta no Grand Slam de Tóquio, em dezembro, foi eliminada pela zebra israelense Shira Rishony em Dusseldorf, em fevereiro, e também saiu sem medalha da Turquia, em março.
A má fase da judoca ligou o sinal de alerta da Confederação Brasileira de Judô, que creditou o desempenho insatisfatório à falta de foco da atleta. Compromissos com patrocinadores e imprensa estariam atrapalhando a preparação de Sarah. Tomara que a vitória do último final de semana tenha sido o início da retomada rumo ao pódio em 2016.
Taekwondo em conflito
O presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), Carlos Fernandes, pode ser afastado por suspeita de ter fraudado o estatuto da entidade, entre 2011 e 2012, às vésperas da eleição que o manteve no cargo. Na ocasião, três federações estaduais que lhe faziam oposição foram desfiliadas, incluindo a paulista, presidida pelo sul-coreano Yeo Jun Kim, que pretendia ser seu concorrente. A principal alteração feita no estatuto no período impede que uma pessoa não nascida no Brasil seja eleita presidente da CBTKD.
A filiação de Anderson Silva à CBTKD não deve entrar na disputa política. Afinal, os sul-coreanos também se mostraram favoráveis à participação do lutador de MMA na seletiva olímpica do taekwondo. Kim até se ofereceu para ser seu treinador.
*ZHESPORTES
