Nesta quarta-feira (17), o tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira completará 30 anos. O título, conquistado nos Estados Unidos, em 1994, contou com o destaque do goleiro Taffarel, do volante Dunga, que levantou a taça, e do atacante Romário, principal personagem da trajetória brasileira.
O elenco, comandado por Carlos Alberto Parreira, contava com 22 jogadores. Abaixo, Zero Hora lista os atletas que fizeram parte da campanha vencedora e conta o que eles estão estão fazendo na atualidade.
Taffarel (58 anos)
Revelado pelo Inter em 1985, foi titular em toda a campanha. Na época, estava emprestado pelo Parma ao Reggiana, ambos da Itália. Depois do Tetra, voltou ao futebol brasileiro para atuar no Atlético-MG. Defendeu também a camisa do Galatasaray, da Turquia, antes de encerrar a carreira no Parma, em 2003. Segue como treinador de goleiros, da Seleção Brasileira e do Liverpool, onde reedita a parceria com Alisson.
Zetti (59 anos)
Foi reserva durante o Tetra. Jogava pelo São Paulo e encerrou a carreira no Sport, em 2001. Dois anos depois, assumiu como técnico do Paulista, de Jundiaí. Também chegou a se arriscar como comentarista na televisão. Atualmente, é coordenador de goleiros das categorias de base do São Paulo, além de proprietário da Fechando o Gol, uma academia de treinamento específica para goleiros de todas as idades.
Gilmar (65 anos)
Era o terceiro goleiro, geralmente aquele que poucos lembram. Revelado pelo Inter, defendia o Flamengo. O ponto final da carreira ocorreu em 1999, no Cerezo Osaka, do Japão. Se arriscou como dirigente, sendo coordenador técnico da Seleção Brasileira entre 2014 e 2016. Ganhou destaque como empresários de jogadores.
Jorginho (59 anos)
Titular da lateral direita, ficou de fora da final contra a Itália por conta de uma lesão. Naquele ano, defendia o Bayer Leverkusen, da Alemanha. Deixou os gramados em 2002, pelo Fluminense. Três anos depois, iniciou a carreira de técnico.
Foi auxiliar de Dunga entre os anos de 2006 e 2010. Como treinador, passou por Flamengo e Vasco, entre outros. Até maio, estava no comando do Buriram United, da Tailândia. Em comum acordo, deixou o clube para procurar novos desafios.
Cafu (54 anos)
Com a lesão de Jorginho, teve a missão de jogar a final contra a Itália. Teve trajetória vitoriosa na Seleção Brasileira, sendo o capitão da conquista do Penta, em 2002. Largou o futebol em 2008, pelo Milan. Foi um dos membros do Comitê Organizador Local da Copa América de 2019, no Brasil, e foi embaixador do Brasil da Copa de 2022, no Catar. No momento, também faz palestras sobre temas como motivação e trabalho em equipe.
Ricardo Rocha (61 anos)
Titular no ciclo pré-mundial, acabou sofrendo uma lesão logo na estreia, o que fez que perdesse todo o campeonato. Ricardo Rocha atuava pelo Vasco quando foi convocado. Após encerrar a carreira em 1998, no Flamengo, virou comentarista esportivo. Trabalhou como dirigente no São Paulo, em 2018, mas voltou a trabalhar na televisão em 2019.
Aldair (58 anos)
Virou titular após a lesão de Ricardo Rocha. Revelado pelo Flamengo, era jogador da Roma na época. Defensor conhecido pela qualidade técnica, também foi titular no vice em 1998. Se aposentou em 2010, no Murata, de San Marino. Tem atuado como empresário de futebol, além de participar de competições de futevôlei.
Ronaldão (59 anos)
Reserva na campanha, atuava no futebol japonês, mais precisamente no Shimizu S-Pulse. Voltou ao Brasil e jogou por Flamengo e Santos antes de se aposentar na Ponte Preta. Pela equipe de Campinas, também ocupou um cargo na diretoria. Formado em Administração, é outro que trabalha como empresário de futebol.
Márcio Santos (54 anos)
Foi titular sob o comando de Parreira. Estava no Bordeaux, da França, quando foi convocado. Revelado pelo Novorizontino, passou pelo Inter entre os anos de 1990 e 1991. Encerrou a carreira na Portuguesa Santista, em 2004. Fez curso de gestão na CBF Academy e é proprietário de um shopping em Santa Catarina.
Branco (60 anos)
Virou titular a partir das quartas de final, quando foi o autor do famoso gol de falta contra a Holanda, classificando o Brasil às semifinais. Natural de Bagé, estava no Flamengo quando foi chamado por Parreira. Encerrou a carreira no clube carioca quatro anos depois. Posteriormente, atuou como técnico antes de virar coordenador de base da Seleção Brasileira.
Leonardo (54 anos)
Iniciou como titular, mas acabou expulso nas oitavas de final, diante dos Estados Unidos, e perdeu espaço. Também disputou o Mundial de 1998, na França. Deixou os gramados em 2002, quando atuava no Milan. Como técnico, passou por Milan e Inter de Milão. Foi diretor esportivo do PSG até 2022.
Mauro Silva (56 anos)
Revelado pelo Guarani, estava no La Coruña. Com 59 partidas com a camisa brasileira, também foi campeão da Copa América, em 1997. Se aposentou em 2005. Diferentemente de muitos colegas de profissão, não chegou a tentar a carreira de técnico. No momento, é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol e embaixador da Conmebol no Brasil.
Dunga (60 anos)
Capitão a partir das oitavas de final, o meio-campista jogava pelo Stuttgart, da Alemanha. Surgiu no Inter, em 1981, clube onde se despediu dos gramados, em 2000. Virou técnico ao assumir a Seleção Brasileira em 2006. Nesse ciclo, foi vencedor da Copa das Confederações e da Copa América. Foi demitido após a queda no Mundial de 2010. Em 2013, comandou o Inter na conquista do Gauchão. Voltou como treinador do Brasil em 2014, ficando até 2016. Sem assumir clubes ou seleções desde então, realiza atividades sociais em Porto Alegre.
Zinho (57 anos)
Estava no Palmeiras e teve passagem pelo Grêmio em 2001. A carreira foi encerrada em 2007. Na sequência, virou técnico no Fort Lauderdale, dos Estados Unidos. Também teve experiência como dirigente no Flamengo e no Santos. Atualmente, trabalha como comentarista esportivo.
Mazinho (58 anos)
Foi a campo em seis partidas daquele Mundial. Na época, defendia o Palmeiras. A despedida dos gramados ocorreu em 2001, no Vitória. Tentou emendar uma carreira como treinador, mas não emplacou. Passou a cuidar das carreiras dos filho Thiago Alcântara e Rafinha. O primeiro anunciou a aposentadoria dos gramados neste ano.
Raí (59 anos)
Era o capitão e principal referência técnica da equipe. No entanto, não correspondeu às expectativas. Com destaque no PSG, da França, encerrou a carreira no São Paulo, clube que o revelou, em 2000. Foi dirigente no São Paulo. Hoje, estuda ciências políticas e trabalha com gestão de marcas e talentos.
Bebeto (60 anos)
O companheiro de ataque de Romário jogava pelo La Coruña quando foi chamado por Parreira. Se aposentou em 2003, após uma passagem frustrada pelo futebol árabe. Na Copa do Mundo, marcou três gols. Entrou para a política em 2010, sendo deputado estadual pelo Rio de Janeiro até dezembro de 2022. Foi contratado para trabalhar como comentarista esportivo na televisão.
Romário (58 anos)
Foi destaque na conquista do tetracampeonato. O atacante, que jogava pelo Barcelona em 1994, marcou cinco gols na competição. Em 1998, foi cortado do grupo que disputaria a Copa do Mundo da França quando ainda se recuperava de uma lesão.
Também foi preterido por Felipão em 2002. Revelado pelo Vasco, atuou ainda por Flamengo e Fluminense entre os grandes do futebol carioca. Atualmente, é senador pelo Rio de Janeiro. No final de 2023, assumiu como presidente do América-RJ. Neste ano, foi inscrito pelo clube e poderá jogar na segunda divisão do Campeonato Carioca.
Paulo Sérgio (55 anos)
Com carreira destacada no futebol alemão, defendia o Bayer Leverkusen em 1994. Deixou os gramados em 2003, quando estava no Bahia. Depois, virou embaixador da Bundesliga, a liga de futebol da Alemanha, e atua como empresário e comentarista esportivo.
Müller (58 anos)
Foi a campo apenas na partida contra Camarões, ainda na fase de grupos. Jogava no São Paulo, onde foi bicampeão da Libertadores e do Mundial na década de 1990. Se aposentou em 2005, pelo Fernandópolis. Trabalha atualmente como comentarista esportivo.
Viola (55 anos)
Defendia o Corinthians, clube onde marcou mais de 100 gols, quando foi convocado. Se despediu dos gramados em 2016, pelo Taboão da Serra-SP. Chegou a ser preso por porte ilegal de arma e desobediência. Costuma participar de eventos, além de atuar como jogador de showbol.
Ronaldo (47 anos)
Era o caçula do grupo, com apenas 17 anos de idade. Atuava pelo Cruzeiro. Após a conquista, foi para o PSV, da Holanda. Foi titular da Seleção Brasileira em mais três Copas do Mundo, sendo protagonista do Penta, em 2002. Se aposentou em 2011, pelo Corinthians. Depois, virou empresário. É dono do Real Valladolid, da Espanha, e, recentemente, se desfez da SAF do Cruzeiro.
Carlos Alberto Parreira (81 anos)
Foi um dos preparadores físicos do Brasil na conquista do Tri, em 1970. Depois do Tetra, voltou à Seleção Brasileira em 2003. Fez parte do fracasso brasileiro em 2006. Era coordenador técnico no Mundial de 2014, lembrado pela derrota histórica por 7 a 1 para a Alemanha.
Está aposentado do futebol. Revelou que estava lutando contra um linfoma linfoma de Hodgkin. Em maio, anunciou que o tratamento havia surtido efeito, o deixando "zerado".