Espanha e Inglaterra se enfrentam neste domingo (14), às 16h, pela final da Eurocopa 2024. O duelo que será realizado no Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha, pode consagrar o tetracampeonato dos espanhóis, enquanto os ingleses buscam o primeiro título da competição. Mais do que isso, essa decisão pode influenciar no futuro das seleções até a Copa do Mundo de 2026.
- Os espanhóis venceram a França na semifinal
- A Inglaterra venceu a Holanda de virada na outra
As duas seleções chegaram à Euro com expectativas distintas. Ambas eram candidatas ao título, mas estando em prateleiras distintas. A Espanha passa por uma renovação e conta com jovens promessas, principalmente no ataque. Por outro lado, a Inglaterra chegou até a Alemanha na prateleira das principais favoritas, visto que é a atual vice-campeã do torneio e vem de boa campanha no Mundial do Catar.
— Espanha e Inglaterra são versões quase opostas do que é o atual futebol de seleções. Uma tem cara de clube, com identidade definida e padrões coletivos bem estabelecidos. A outra é uma reunião de grandes jogadores que podem desequilibrar a qualquer momento, ainda que sem apresentar um futebol convincente na maior parte da competição — analisa Rafael Oliveira, comentarista da Cazé TV.
Treinada por Luis De La Fuente, a seleção espanhola mostrou ter um padrão de jogo bem definido rapidamente. Utilizando o famoso tiki-taka como base — estilo de jogo que consagrou o país com o título da Copa de 2010 —, o treinador conseguiu trazer uma variação disso com mais objetividade dentro de campo.
— A Espanha é a melhor e mais dominante equipe da Euro. É provável que assuma a iniciativa e o controle da final. Não só por gostar da bola, mas pela agressividade para pressionar e recuperar rapidamente — acrescenta Rafael Oliveira.
Por outro lado, a seleção inglesa joga um outro futebol, por vezes irreconhecível pelo nível dos jogadores que têm. O técnico Gareth Southgate já entrou pressionado na competição, sofreu ainda mais com o fraco desempenho nas primeiras partidas, mas a Inglaterra conseguiu mostrar mais nos dois últimos confrontos.
— Apesar dessa melhora, a Inglaterra tem circulação lenta e é mais passiva para se defender — observa o comentarista.
De qualquer modo, tudo que foi mostrado na Eurocopa até agora fica de recordação e de ensinamento. No fim, a decisão do campeão se dará dentro de campo no domingo e estrelas não faltam para brilhar nesse duelo.