A seleção brasileira masculina de vôlei sofreu, nesta quinta-feira (20), sua quarta derrota na Liga das Nações. Em Manila, nas Filipinas, o time comandado por Bernardinho perdeu para os Estados Unidos por 3 sets a 2, parciais de 25/21, 18/25, 25/21, 22/25 e 15/9, em 2h07min de partida. Com o resultado, o Brasil ainda não garantiu vaga entre os oito finalistas da competição. A próxima partida será contra o Canadá, na sexta-feira (21), às 4h (de Brasília).
Em um jogo equilibrado e com muitos erros, as duas tradicionais seleções fizeram um clássico repleto de alternativas. O Brasil começou com o levantador Fernando Cachopa, os ponteiros Lukas Bergamnn e Lucarelli, o oposto Alan, os centrais Isac e Flávio e o líbero Thale. Ainda foram utilizados o levantador Matheus Brasília, o oposto Darlan e o ponta Maurício Borges.
O saque forçado foi a grande arma das duas equipes. No primeiro set, os norte-americanos sempre estiveram na liderança por conta da eficiência de sacadores como o ponteiro Torey De Falco e o experiente oposto Matthew Anderson, 37 anos. Em determinado momento, Bernardinho chegou a pedir tempo e foi enfático ao pedir que seus jogadores sacassem melhor. No final, os EUA marcaram 25 a 21, apesar dos sete pontos de Alan.
A seleção brasileira melhor a eficiência do saque no segundo set e dominou a parcial. Alan e Lucarelli viravam no ataque e ainda conseguiam desestabilizar o passe adversário. Com mais seis pontos de Alan, o Brasil fez 25 a 18 e empatou a partida.
O terceiro set foi muito equilibrado até 14-14, mas os Estados Unidos assumiram o controle do jogo com eficiência do ponta Garrett Muagututia, 36 anos, e mesmo com as entradas de Darlan e Brasília, o Brasil não conseguiu reagir e acabou perdendo por 25 a 21. Como precisava vencer por 3 sets a 0 ou 3 a 1 para garantir a vaga antecipada, a seleção voltou para o quarto set para lutar pela vitória contra o rival histórico.
No começo do quarto set, a seleção brasileira abriu confortável vantagem de 5 a 1 e, em um ataque de Flávio, marcou 16 a 10. Na reta final da parcial, outro velho conhecido brasileiro, o levantador Micah Christenson, 31, conseguiu comandar uma reação americana e ensaiou uma virada ao reduzir a distância para dois pontos (21 a 19). Flávio definiu a parcial em 25 a 22 e empatou o confronto.
O Brasil conseguiu equilibrar o tie-break até 5-5, mas depois viu os Estados Unidos dispararem em 11-6 e administrarem o resultado até o 15 a 9 em ataque de De Falco. Esta foi apenas a quarta vitória dos norte-americanos em 10 partidas.
— A gente começou numa intensidade abaixo do que precisa para enfrentar uma equipe assim. Jogo foi disputado, equipes alternaram momentos bons e não tão bons. No tie-break, não conseguimos manter o ritmo e escapou (placar) e custou caro. É difícil digerir a derrota, mas temos de virar a chave para enfrentar o Canadá, que joga muito parecido com os EUA e precisamos entrar com intensidade mais alta para buscar a classificação — disse o levantador Cachopa.
Em todo o jogo as duas equipes somaram 58 erros, sendo 33 dos Estados Unidos. O Brasil foi mais eficiente no ataque, com 64 contra 56 pontos, mas os norte-americanos foram melhores no saque (8 a 7) e no bloqueio (8 a 5).
Com 26 acertos, Alan foi o maior pontuador da partida. Lukas Bergmann e Lucarelli, com 19 e 13 pontos respectivamente, também se destacaram no time brasileiro. De Falco, com 21, foi quem mais pontuou para os EUA, seguido pelo central Maxwell Holt, com 15, e Anderson, com 13 pontos.