Após conquistar a medalha de prata na prova geral de conjunto, a soma da apresentação das séries simples (cinco arcos) e mista (três fitas de duas bolas), na etapa de Portimão da Copa do Mundo de ginástica rítmica, a seleção brasileira de conjunto voltou ao pódio mais duas vezes no domingo (12). A equipe de Maria Eduarda Arakaki, Victoria Borges, Deborah Medrado, Sofia Pereira e Nicole Pírcio garantiu ouro na mista e prata nos cinco arcos.
Outros resultados comemorados foram conquistados por Bárbara Domingos, que ficou em quarto nas finais da bola e maças, em que Geovanna Santos ficou em sétimo. O desempenho na cidade portuguesa da região do Algarve aumenta ainda mais as expectativas quanto ao desempenho das comandadas da técnica Camila Ferezin nos Jogos Olímpicos de Paris.
— Fico orgulhosa de ver nosso trabalhado sendo coroado a cada competição. Estamos conseguindo evoluir a cada entrada na quadra e é isso que buscamos nesta reta final até Paris. Mostramos o nosso crescimento na quadra. Consequentemente, as notas mostraram que podem contar com o Brasil nesta briga pelo pódio olímpico — comentou a treinadora.
O primeiro pódio domingo foi a prata nos cinco arcos. Última das sete equipes a se apresentar, a equipe brasileira recebeu inicialmente 34.500 pontos dos árbitros, o que já garantia a segunda posição atrás da Espanha, que somou 35.750 na apresentação de Patricia Pérez Fons, Mireia Martínez, Ana Arnau Camarena, Inés Bergua Navales e Salma Solaun. Após um recurso do Brasil, a pontuação foi modificada para 35.200, mas insuficiente para superar as espanholas. Com 34.050, as francesas Célia Joseph-Nöel, Manelle Onaho, Justine Lavit, Lozea Vilarino e Ainhoa Dot completaram o pódio.
A última disputa do dia foi a da equipe mista e com a mesma formação dos cinco arcos, as brasileiras mais uma vez foram as últimas a entrar na quadra. Com uma apresentação firme, eles somaram 32.550 e deixaram para trás as mexicanas Kimberly Salazar, Adirem Tejeda, Dalia Aclócer, Julia Gutiérrez e Sofia Flores, que totalizaram 30.100.
Na comemoração, as ginastas brasileiras lembraram o Rio Grande do Sul, gritando o nome do Estado que passa por uma terrível catástrofe climática. Favorita ao título, a Espanha terminou em terceiro lugar ao somar 29.900 pontos.
— Quero mandar um beijo grande para a minha mãe, Nadir, e aos meus filhos Maria Clara e João Lucas, que são minha razão de viver. Mas hoje o beijo especial vai para as mãezinhas do Rio Grande do Sul, que estão lutando com muita força e resiliência por seus filhos! Muita força para vocês — afirmou Camila Ferezin.
Nas disputas individuais Bárbara Domingos ficou muito perto do pódio. Na bola, a paranaense somou 31.950, uma diferença de 0.300 para a eslovena Ekaterina Vedeneeva, que levou o bronze. A campeã foi a bielorrussa Alina Harnasko, com 33.550 contra 32.400 da cazaque Erika Zhailauova.
Babi voltou à quadra para se apresentar nas maças e mais uma vez viu a medalha escapar por detalhe. Com 32.000, ela ficou a 0.250 de Vedeneeva, que mais uma vez ficou com a terceira posição. A campeã foi a russa naturalizada alemã Darja Varfolomeev com 34.100. Alina Harnasko somou 33.650 e garantiu a prata. Já Geovanna Santos cometeu alguns erros e com 29,100 acabou em sétimo lugar.
Principal nome da competição, Darja Varfolomeev faturou o ouro na fita, com Ekaterina Vedeneeva em segundo e a cazaque Milana Parfirova em terceiro. A alemã ainda levou o título do arco, com Parfirova em segundo e Harnasko na terceira posição.