Um dia após vencer a C1 500m, prova que não estará nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, Isaquias Queiroz triunfou também na C1 1000m da Copa do Mundo da Canoagem Velocidade de Szeged, na Hungria, neste domingo (12).
O brasileiro completou a final em 3min45seg84, mais de um segundo à frente do francês Adrien Bart, segundo colocado com 3min47seg23. O russo Zakhar Petrov completou o pódio com 3min47s32. Matheus Nunes dos Santos, outro brasileiro na prova, ficou em sétimo lugar na semifinal, com 4min03seg52, e não avançou para a disputa de medalhas.
Campeão na Olimpíada de Tóquio-2020 no C1 1000m, Isaquias soube controlar seu ritmo para conquistar mais uma medalha de ouro na competição húngara. Nas classificatórias de sábado (11), ele venceu sua bateria e fez o sexto melhor tempo do dia. Depois, na semifinal, já conseguiu o melhor tempo de todas as baterias para garantir vaga na decisão.
O brasileiro encarou dificuldades em sua preparação ao longo da última temporada. Mesmo assim, foi vice-campeão dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 e assegurou uma cota olímpica para o Brasil no Mundial de 2023. A Copa do Mundo foi preparação para a Olimpíada. Ele já havia dito que seria um teste para suas reais chances em Paris, uma espécie de "aquecimento".
— Foi uma prova muito legal. Bem pegada no começo, mas foi tudo controlado e no final deu pra assumir (a liderança) e abrir vantagem para os adversários. Mas o objetivo é Paris, não era a Copa do Mundo. Aqui (na Hungria) é um ponto para saber como a gente está, mas claro que estou feliz com mais uma medalha de ouro para o Brasil — avaliou Isaquias.
Na França, Isaquias Queiroz tem como objetivo se tornar o atleta brasileiro com mais pódios olímpicos. Dono de quatro medalhas (um ouro, duas pratas e um bronze), ele quer conquistar mais duas e superar as cinco dos velejadores Robert Scheidt (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze) e Torben Grael (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze).
O Brasil ainda conquistou um bronze com Gabriel Assunção Nascimento e Matheus Nunes dos Santos no C2 1000m, categoria que saiu do programa olímpico em Tóquio e foi substituída pela distância dos 500 metros para Paris. A dupla brasileira fez o percurso em 3min37seg25. O ouro ficou com os italianos Gabriele Casadei e Carlo Tacchini, que marcaram 3min31seg32, e a prata foi para os poloneses Kacper Sieradzen e Adrian Klos, que cruzaram com 3min36seg42.
— Eu estou muito alegre em ficar em terceiro lugar, é importante essa experiência pra gente e ainda mais voltar com uma medalha no peito — comemorou Matheus Nunes.
Brasil encerra Mundial de paracanoagem com oito cotas para Paris
O Brasil já tem definidas oito cotas paralímpicas para Paris 2024. O país fez uma das maiores participações na história em mundiais onde conquistou seis medalhas, sendo dois ouros, duas pratas e dois bronzes.
A definição da equipe brasileira que irá para Paris deverá sair em breve, logo depois da avaliação do Comitê de Paracanoagem. O Brasil já tinha quatro cotas paralímpicas, conquistadas no Mundial de 2023, realizado em Duisgburg, na Alemanha, nas categorias KL1M, VL2W, VL2M e VL3W. E, neste Mundial em Szeged, a equipe conquistou vagas no KL2M, KL1W, KL3M, somando oito e poderão vir mais, pois agora falta confirmar o resultado do continental para a KL3W.
Confira as medalhas do Brasil no Mundial de paracanoagem:
- Ouro – VL2M200m com Fernando Rufino e KL1M200m com Luis Carlos Cardoso
- Prata – VL2M200m com Igor Tofalini e VL1M200m com Carlos Glenndel Moreira
- Bronze – KL2M200m com Fernando Rufino e KL3M200m com Miqueias Elias Rodrigues