Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (18), o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca afirmou que foi sequestrado na madrugada de domingo (17) por três homens que o abordaram e o levaram, quando ele estava na porta da casa de uma amiga em Itaquaquecetuba, em São Paulo. Cerca de R$ 40 mil chegaram a ser pagos pela família de Marcelinho Carioca para que ele fosse solto pelos criminosos.
— Chegaram três indivíduos e me abordaram, e aí tomei essa coronhada na minha cabeça e depois não vi mais nada. Entrei no carro e já colocaram o capuz — disse.
O ex-atleta foi encontrado pela polícia numa casa, no mesmo município, no início da tarde desta segunda. Cinco pessoas foram presas por suspeita de participação no sequestro e uma sexta deverá ser ouvida como testemunha. No entanto, a polícia informou que ainda busca possíveis envolvidos no crime.
Das pessoas levadas à delegacia, dois homens e uma mulher estavam perto de onde o carro de Marcelinho foi encontrado, também em Itaquaquecetuba. No carro do ex-jogador foi encontrado um simulacro de bala de airsoft.
O ídolo do Corinthians conta que tinha saído do show do cantor Thiaguinho, na Arena Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo, e ido até a casa da amiga Thais, para dar a ela ingressos para a apresentação na tarde de domingo. Ele acabou abordado pelos criminosos quando estava com seu carro na frente da casa dela.
Colega de trabalho
Um vídeo de Marcelinho Carioca circulou nas redes sociais, nesta segunda-feira, no qual o ex-jogador diz ter sido sequestrado pelo marido de Thais. No vídeo, Marcelinho diz que estava em um show em Itaquera, na zona leste, curtindo um samba e que saiu com a mulher.
No entanto, o ex-jogador afirmou que foi coagido por criminosos a gravar um vídeo em que ele diz ter sido sequestrado após sair com uma mulher casada:
— Eu fui obrigado a fazer, é mentira. Com um revólver na cabeça você faz o que?
A polícia não informou se Thais havia sido levada junto com Marcelinho pelos sequestradores ou se ela estava com ele em cativeiro quando o ex-atleta foi achado. No entanto, Marcelinho chegou a afirmar que, assim como ele, Thais também foi vítima do crime.
O ex-jogador e a mulher trabalharam juntos na Secretaria dos Esportes de Itaquaquecetuba, onde Marcelinho Carioca foi secretário, e se tornaram amigos em decorrência do trabalho.
— A Thais é minha amiga. Fui secretário de esporte, conheço ela há três anos. Não saí com ela, não tenho nada com ela. Ela é minha amiga. A Thais é guerreira, mulher de fibra e a nossa relação é de amizade. Eles queriam dinheiro, eu estava preocupado com a minha vida, com a vida dela — explicou Marcelinho.