
A já complexa e polêmica situação da CBF ganhou uma nova frente nesta semana. O PSD, partido do senador Otto Alencar, que é aliado de Ednaldo Rodrigues — presidente destituído da confederação —, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a decisão de destituição de Ednaldo e seus oito vice-presidentes.
Na ação, o partido argumenta que a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que derrubou Ednaldo e seus vices representa uma interferência interna indevida na CBF, uma entidade privada. A ação havia sido distribuída ao ministro Luis Fux, que se declarou impedido porque seu filho, Rodrigo Fux, já havia atuado como advogado da CBF no início deste caso, em 2021. Quem vai relatar a ação proposta pelo PSD é o ministro André Mendonça.
Essa decisão do TJ-RJ já havia sido alvo de um outro recurso, apresentado ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e negado por sua presidente, a ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Fifa e Conmebol também decidiram que uma delegação conjunta das duas entidades virá ao Brasil em janeiro para examinar de perto a situação. E só então autorizar a realização de eleições.
Enquanto a situação não se resolve, dirigentes movimentam suas peças no tabuleiro da próxima eleição. Nesta segunda-feira (18), clubes paulistas se reuniram para declarar que, seja qual for o cenário, o São Paulo votará como um bloco. Os paulistas também deixaram claro que preferem uma candidatura única em vez de uma disputa eleitoral.
Nos últimos dias, o ex-vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó, publicou uma foto na qual aparecem diversos presidentes de federações estaduais, e um texto que sugere uma união por uma candidatura de oposição a Ednaldo Rodrigues, que já se declarou disposto a se candidatar.