A exemplo do que acontece nas disputas da natação, o Brasil também domina as provas de atletismo do Parapan. Nesta quinta-feira (23), os atletas do país conquistaram 20 medalhas, sendo 11 de ouro, três de prata e seis de bronze. Até o momento, a delegação soma 46 pódios, com 19 medalhas douradas.
O primeiro ouro do dia, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, veio com Rayane dos Santos, que havia vencido os 100 metros T13 (baixa visão). Nesta quinta, ela voltou à pista para vencer a mesma disputa, já que a prova de quarta havia sido anulada por conta de uma falha de comunicação envolvendo uma queima de largada. Desta vez, com 12s19, a maranhense enfim pode comemorar o título.
— Eu nunca tinha vivido essa situação de ter que correr de novo uma prova que foi anulada e, até agora, não sei o que aconteceu. Foi um pouco difícil trabalhar a parte psicológica para a prova desta quinta-feira, sem saber o que tinha acontecido, pensei que hoje eu iria descansar, então não consegui dormir direito, pois fiquei com essa situação na cabeça, acordei pensando nisso. Mas estou muito feliz pelo resultado, pois foi a melhor marca da minha vida nos 100m. Graças a Deus, deu tudo certo — disse a atleta de 26 anos.
Na versão masculina dos 100m T13, o sul-mato-grossense Fabrício Ferreira fez 10s99 e assegurou o ouro, Pedro Henrique Andrade acabou em quinto, com o tempo de 11s61.
Na disputa do lançamento do disco F56 (atletas que competem sentados), mineiro Claudiney Batista, atual bicampeão paralímpico, quebrou o recorde pan-americano com 44,79m e repetiu o ouro de Lima-2019. Sandro Varelo finalizou em quinto lugar.
Ricardo Mendonça e Christian Gabriel fizeram uma dobradinha nos 100 metros T37. Com 11s10, Ricardo levou o ouro, enquanto Christian anotou 11s49 e ficou com a prata. Outro pódio com domínio brasileiro aconteceu no lançamento do dardo F55 (atletas que competem sentados). O pernambucano Sandro Varelo foi ouro, com 32m19cm (recorde pan-americano) e o carioca Wallace dos Santos, ficou com o bronze ao terminar com 26m29cm.
O capixaba Daniel Mendes, nos 400m da classe T11 (cegos), conquistou o tricampeonato com 5205, enquanto a carioca Julyana Silva, no arremesso de peso da classe F57 (atletas que competem sentados) garantiu o bronze. Nos 200 metros T37 (paralisia cerebral), a paulista Marcelly Pedroso também terminou na terceira posição.
No salto em distância T36 (paralisia cerebral), mais uma dobradinha do Brasil. O gaúcho Aser Ramos, com 5,64m, quebrou o recorde da prova e levo o ouro, enquanto o goiano Rodrigo Parreira, ficou com a prata.
A paranaense Aline Rocha venceu os 800 metros T53/54 (cadeirantes) com 1min48s34. A paulista Vanessa Cristina fez 1min55s28 e ficou com o bronze. No arremesso de peso T35-36-37, o atual campeão pan-americano, João Victor Teixeira ficou em quarto.
Em prova onde o argentino Hernan Barreto estabeleceu novo recorde pan-americano, com 12s10. Já o carioca Fábio Bordignon levou o bronze com 12s29. Quem também ganhou a medalha de bronze foi a capixaba Lorraine Aguiar, nos 100 m da classe T12 (baixa visão).
O catarinense Edenilson Floriani, no arremesso de peso da classe F63 (amputados de perna acima do joelho) conseguiu a marca de 14m59cm e além da medalha de ouro ainda ficou com o recorde pan-americano. Nos 400 m T54 (cadeirantes) e rondoniense Cristian Ribera
A experiente acreana Jerusa Geber, que é dona dos recordes mundial, pan-americano e das Américas dos 100 metros T11 (cegos), fez 1208 e garantiu mais um ouro para o Brasil, assim como Ariosvaldo Fernandes, que conquistou seu quarto ouro parapan-americano nos 100m T53 (cadeirantes).