Nesta sexta-feira (3), Almir Júnior voltou a subir no pódio, desta vez nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. No Chile, o triplista da Sogipa fez 16m92cm em sua sexta tentativa e assegurou a medalha de prata. O atleta radicado no Rio Grande do Sul e que atualmente mora em Portugal ficou atrás apenas do cubano Lázaro Martínez (17m19cm). O bronze ficou com Cristian Nápoles (16m66cm).
Em Lima, em 2019, o brasileiro ficou na quarta posição, na competição em que admite ter ficado com um "gostinho amargo". Em território chileno, não deixou a medalha escapar e subiu ao pódio pela primeira vez na história do Pan. Após a conquista, falou sobre a prata.
— A gente conseguiu chegar ali e dar o nosso melhor, eu saio dali tendo a certeza que eu dei o meu máximo, até o que eu não tinha. E sair coroado com o resultado de tanto trabalho que a gente está fazendo, de tanta abdicação, é felicidade, né, dever cumprido. Para mostrar que a gente está no caminho para Paris e agora a gente finaliza essa temporada entrando na outra da melhor forma possível — respirou aliviado o atleta da Sogipa.
O brasileiro também falou sobre as expectativas que foram criadas em cima dele depois da conquista da prata no Mundial Indoor de atletismo e sobre os resultados que não estavam vindo para ele.
— O esporte, a gente não domina. Vocês podem ter certeza que não teve um dia em que eu não treinei com empenho, nem um dia subiu para a minha cabeça, em nenhum momento eu achei que "não, isso é o esporte". A gente precisa amadurecer muita coisa, a gente precisa crescer muito, a gente precisa tomar muita porrada. E foi isso que a gente fez, a gente tomou muita porrada nesses últimos dois, três anos, para conseguir consolidar e estar aqui de novo mostrando que sabemos o caminho.
Almir revelou que passou por uma gripe forte nos últimos dias. Na zona mista, relatou que ficou de cama por dois dias, com muita febre e dor de garganta. Ele conseguiu ir para a pista apenas na última quinta.
— Eu dei tudo de mim, porque essa foi uma prova mentalmente muito difícil. Justamente por isso. Parecia que meu corpo estava fora. Não estava bem, mas o corpo estava recuperando. Foi uma briga mental para chegar hoje (sexta-feira) aqui e esquecer isso. Entrar ali na pista é guerra — finalizou.