Depois de um longo período sem um resultado de maior expressão — desde a medalha de prata no Mundial indoor de 2018, em Birmingham, na Inglaterra —, Almir Junior voltou a sentir o gosto de estar no pódio de uma grande competição. Nesta sexta-feira (3), à noite, o triplista da Sogipa fez 16m92cm em sua sexta tentativa e assegurou a medalha de prata.
Almir quase perdeu o Pan por conta de um exame médico obrigatório do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para todos os membros da delegação, atletas ou não. Como estava na Europa, ele demorou a fazer os testes e só teve sua inscrição confirmada em Santiago no começo desta semana.
No Chile, acompanhado do técnico José Haroldo Loureiro Gomes, o Arataca, ele pareceu tranquilo durante o aquecimento. Fez seus saltos, interagiu com alguns torcedores e acompanhou algumas cerimônias de premiação como a dos 200m rasos vencidos por Renan Gallina na noite anterior.
Em sua primeira de seis tentativas, Almir fez 16m51cm e ficou atrás dos cubanos Lázaro Martínez (17m19cm) e Cristian Nápoles (16m66cm). Na segunda rodada, os três queimaram e a classificação seguiu inalterada.
Após conversar com seu treinador, que estava posicionado na arquibancada do Estádio Nacional bem próximo à tábua de saltos, ele conseguiu 16m88cm e passou para a segunda posição. Ao ver a marca, soltou um grito de: "Vamos".
Restava tentar melhorar e ficar com o título. Líder, Martínez não saltou mais. Nápoles não conseguiu melhorar sua marca, enquanto Almir queimou a quarta chance e fez 16m22cm na quinta.
Então, veio a rodada decisiva e Almir pediu aplausos da torcida. Veio a corrida e o salto. Ele saiu vibrando ao ver que a marca. O placar registrou 16m92cm e a confirmação da prata, mantendo a tradição brasileira na modalidade.