Na última segunda-feira (9), a CPI das Pirâmides Financeiras teve seu relatório publicado e pediu o indiciamento de Ronaldinho Gaúcho pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. O relatório foi aprovado por unanimidade em votação que durou menos de um minuto.
A CPI constatou que Ronaldinho convidou seus fãs para entrar numa pirâmide. De acordo com as propagandas citadas pela CPI, as pessoas teriam lucro de 2% ao dia e haveria 400% de rentabilidade. Ronaldinho Gaúcho apareceu em vídeos e anúncios incentivando o público a investir.
A defesa do ex-jogador se manifestou pelo advogado Sérgio Queiroz e negou que exista prova de qualquer ilícito cometido por Ronaldinho.
— Inexiste qualquer mínimo indício de prova de qualquer ilícito. A CPI sequer se preocupou em ouvir os proprietários da empresa 18K. Trata-se de tentativa de ganhar os holofotes através de nomes de personalidades — disse Queiroz em contato com a reportagem de GZH.
O ex-camisa 10 da Seleção prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras no final do mês de agosto, quando negou seu envolvimento com a empresa 18K Ronaldinho Comércio e Participações LTDA. Além disso, Ronaldinho rechaçou a informação de que seja fundador ou sócio da instituição investigada.
O objetivo dos deputados era esclarecer a participação de Ronaldinho na 18K, empresa que teria indícios de pirâmide financeira, segundo as autoridades. A empresa 18K trabalhava com criptomoedas e prometia rendimentos de até 2% ao dia, o que levantou suspeitas de se tratar de um esquema de pirâmide. Ronaldinho afirma que também foi lesado pelos donos da empresa.