O Brasil fez bonito no Pan-Americano de tênis de mesa de Havana, em Cuba, conquistando quatro medalhas. Quinto do ranking mundial, Hugo Calderano confirmou o favoritismo no individual, ganhando seu quarto ouro, o terceiro seguido na história da competição. Bruna Takahashi mostrou o motivo de ser a número 1 do país ao subir no pódio três vezes. Ela levou a prata no individual e nas duplas mistas, além do bronze nas duplas femininas.
Calderano chegou à final com enorme moral diante do chileno Nicolas Burgos após ganhar os dois jogos do dia, um deles em vingança do Mundial. E foi logo abrindo vantagem com 11/4 e 11/8. O rival ameaçou reação, mas com bela virada no fim, mais um game verde e amarelo, com 13 a 11.
Faltava somente mais um game para o brasileiro celebrar seu terceiro título seguido em um Pan. Ele teve a chance em um match point, mas não aproveitou e viu o chileno descontar, com 13/11. A parcial perdida não abalou o brasileiro, que fechou com 11/5.
Calderano abriu o dia com triunfo sobre o paraguaio Marcelo Aguirre, com 11/7, 6/11, 11/1, 8/11, 11/9 e 11/9, se garantindo na semifinal para fazer a revanche com o porto-riquenho Brian Afanador. O oponente havia o eliminado na primeira rodada do Mundial de 2023.
Com sede de vingança, o brasileiro não deu chances ao adversário, avançando à decisão com imponentes 11/8, 11/7, 11/8, 11/13 e 11/7 para buscar seu terceiro título em sequência e o quarto na história dos Pan-Americanos.
Principal mesa-tenista do ranking brasileiro, Bruna Takahashi somou sua terceira prata seguida no individual em Pans. Depois dos vices em 2019 e 2021, ela tinha esperança de desencantar em Havana e fez batalha disputada na final com Amy Wang.
A brasileira começou a final melhor e abriu 2 a 1, com 13/11, 6/11 e 11 a 4. Mas sentiu um pouco o desgaste do dia cheio de jogos e levou a virada, com 11/8 e 12/10 para a rival. Ainda buscou o empate com 11/9 e acabou deixando o título escapar com duro 12/10 para a americana.
Bruna veio de uma forte semifinal contra a também americana Lily Zhang, na qual não tomou conhecimento da oponente, aplicando 11/7, 6/11 e 12/10. No começo do dia, ela também passou bem pelas quartas de final, superando a canadense Mo Zhang por 4 a 2 (5/11, 12/10, 11/8, 11/4, 8/11 e 11/8).
Guilherme Teodoro foi o outro representante do País no masculino. Mas acabou eliminado nas quartas de final, em disputa acirrada contra Santiago Lorenzo. O brasileiro caiu por 4 a 3, parciais de 9/11, 11/8, 11/8, 4/11, 11/8, 13/15 e 11/7 para o argentino. No individual feminino, Giulia Takahashi também se despediu nas quartas, diante da americana Amy Wang. A brasileira levou 4 a 1, parciais de 11/6, 11/4, 8/11, 11/7 e 11/3.
PÓDIO NAS DUPLAS
O País fechou o dia, ainda, com duas medalhas nas duplas. Favoritos e na defesa do título, Vítor Ishiy e Bruna Takahashi foram surpreendidos nas decisão contra os chilenos Nicolas Burgos e Paulina Borges, ficando com a prata.
Os brasileiros formam a dupla número 11 do mundo, mas sofreram na decisão com um possível cansaço de Bruna - jogou nas duplas femininas e no individual - e acabaram derrotados por 3 a 0, parciais de 12/10, 14/12 e 11/7.
Um pouco antes, Bruna e a irmã Giulia já haviam caído na semifinal diante das porto-riquenhas Adriana Diaz e Melanie Diaz, por 11/9, 13/11 e 12/10. Apesar da derrota, elas garantiram um lugar no pódio já que não há disputa pelo terceiro lugar, conquistando o bronze.