Famoso também por seus "rolês aleatórios", Ronaldinho Gaúcho tem uma conexão aleatória com Guiné, adversária da Seleção Brasileira neste sábado (17), em Barcelona. Ranqueado na posição número 79 do ranking da Fifa, o selecionado do país africano foi treinado por um dos desafetos do ex-jogador.
A chegada de Ronaldinho ao Paris Saint-Germain, em 2011, foi cheia de alegrias e cumprimentos. Bem ao contrário da relação nos meses seguintes entre o craque e Luis Fernández, seu treinador no início de sua passagem no clube francês e que entre 2015 e 2016 treinou a seleção de Guiné.
Os anos de convivência entre os dois foram atribulados e a relação terminou em atrito. Ícone do futebol francês na década de 1980, Fernández adotava o estilo "sincerão linha dura". Ele criticou duramente o comportamento do brasileiro em seu livro publicado em 2008. Na obra, reclamou do individualismo de Ronaldinho e de da vida noturna agitada que o jogador teria levado no período em que viveu em Paris.
"Não sabia jogar em equipe e não tinha disciplina alimentar, nem rigor tático", diz uma das passagens da publicação.
Sobre a vida fora de campo de Ronaldinho, Fernández declarou que atrapalhava o ambiente no PSG.
"Isso fazia com que os colegas protestassem, mas ele pouco se interessava porque pensava estar acima de todos", cita.
Em 2002, Laurent Perpere, então presidente do PSG, saiu em defesa do jogador. Naquele momento, Ronaldinho reclamava que vinha sendo escalado fora de posição.
— Prescindir dos serviços de Fernández é menos prejudicial ao futuro do clube do que perder o Ronaldinho — declarou à época.
Depois de deixar o PSG, Fernandéz perambulou treinando clubes na Espanha, Israel e futebol árabe até ser contratado em 2015 por Guiné. A passagem foi curta, durando apenas oito jogos, com três vitórias, quatro empates e uma derrota, e a última da sua carreira.
Atualmente, a equipe africana é treinada por Kaba Diawara. Assim como Ronaldinho e Fernández, ele também jogou pelo PSG.