O gaúcho Luciano Horn conquistou a 24ª colocação (5.727 pontos) no Campeonato Mundial de Parapente, disputado entre os dias 20 de maio e 3 de junho, na região de Savoie Mont Blanc, na França.
O evento reuniu os 150 melhores pilotos do mundo, com a participação de competidores de 57 países. Horn, único gaúcho entre cinco representantes da seleção brasileira da modalidade, obteve ainda a melhor classificação de um piloto não europeu.
Ele ajudou o Brasil também na conquista da oitava posição entre todas as nações que disputaram o campeonato. Horn, que fez sua estreia em campeonatos mundiais, celebrou o bom resultado na competição.
— Foram nove dias de provas. Passamos por quatro diferentes sítios de voos, entre eles os dois clássicos da França: Annecy e Saint Hilaire du Touvet. Foi a realização de um sonho participar da competição no país do voo livre. Muito feliz de ter a possibilidade de vir voar aqui. Encerro com mais aprendizado e experiência na bagagem, agradecido pela torcida de todos os companheiros de equipe e apoiadores — ressaltou o atleta, que representou ainda a Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL).
Além dele, o Brasil contou com a participação de Rafael Saladini (31º), Erico Oliveira (43º), Rafael Barros (135º) e Marcella Uchoa (149ª).
— Como equipe brasileira, gostaríamos e tínhamos planos de ficar numa melhor colocação, mas na vida, às vezes, é assim. Tivemos um acidente com a Marcella logo nos 15 minutos iniciais da prova 1, assim começamos emocionalmente atrás. No entanto, fomos voar em MontLamberd, um local difícil, turbulento e que mostrou que não era fácil de se posicionar na largada para fazer uma prova justa. Perdemos alguns preciosos pontos assim, mas quando a condição melhorou, conseguimos brigar por posições melhores — ressaltou Horn, que em várias provas figurou entre os 20 melhores pilotos, sendo que numa delas encerrou na nona posição.
Aos 44 anos, o gaúcho alcançou a vaga no Mundial a partir da conquista da terceira colocação no ranking do Campeonato Brasileiro de Parapente em 2022. Ele conseguiu participar em virtude do projeto Equipe AGVL de Parapente, que tem financiamento do governo do Estado do Rio Grande do Sul e Secretaria do Esporte e Lazer, além de patrocínios.