O Juventude se manifestou, nesta terça-feira (9), sobre os nomes de três ex-jogadores do clube que tiveram seus nomes apontados na segunda fase da operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás nos últimos meses: Até o momento, os clubes, assim como as casas de apostas, são tratados como vítimas. Os jogadores citados são o zagueiro Paulo Miranda, ex-Grêmio, o meia Gabriel Tota e o lateral-esquerdo Moraes.
A equipe de Caxias do Sul disse ser "inadmissível, e por todas as formas condenável, condutas ilícitas, antiéticas, imorais e antidesportivas, inaceitáveis em qualquer nível".
"Em face das recentes publicações divulgadas na imprensa relacionadas à “Operação Penalidade Máxima”, citando nominalmente três atletas que atuaram pelo Clube em 2022, e que atualmente estão vinculados a outras agremiações, como investigados na referida operação, reitera o seu firme posicionamento de colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações".
Das 13 partidas citadas pela Veja, três envolvem a equipe da serra gaúcha:
Palmeiras 2 x 1 Juventude (Brasileirão 2022)
Foi oferecido o valor de R$ 30 mil para o lateral-esquerdo Moraes, do Juventude, receber um cartão amarelo. Cerca de R$ 5 mil foram pagos antes da partida. O atleta foi advertido durante o confronto.
Juventude 1 x 1 Fortaleza (Brasileirão 2022)
Foi oferecido o valor de R$ 60 mil, sendo R$ 5 mil pagos antes da partida, para o meia Gabriel Tota, do Juventude, que deveria transferir a quantia ao zagueiro Paulo Miranda, que teria de ser punido com o cartão amarelo. O zagueiro foi advertido durante o confronto.
Goiás 1 x 0 Juventude (Brasileirão 2022)
Foi oferecido o valor de R$ 50 mil, sendo R$ 20 mil pagos antes do jogo, para que o lateral-esquerdo Moraes, do Juventude, levasse cartão amarelo. Além disso, foi oferecido R$ 50 mil, sendo R$ 10 mil pagos antecipadamente, para que Paulo Miranda fosse amarelado. Ambos foram amarelados no decorrer do confronto.
Entenda o caso
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu na última segunda uma nova denúncia contra a quadrilha responsável por fraudar jogos de futebol com o objetivo de lucrar financeiramente com apostas esportivas. A principal novidade foi o detalhamento dos valores oferecidos aos jogadores envolvidos nos casos de manipulação. As informações são da revista Veja.
De acordo com a publicação, são 20 os jogos investigados, contando as Séries A e B do Brasileirão, além dos Estaduais, sendo dois confrontos do Gauchão. A nova denúncia ainda não teve resposta da Justiça e surgiu a partir das buscas e das apreensões realizada nas fases anteriores da Operação Penalidade Máxima.
O MP-GO pede a condenação do grupo responsável, além do ressarcimento de R$ 2 milhões aos cofres públicos por danos morais coletivos.
Confira a nota da equipe de Caxias do Sul
O Esporte Clube Juventude, em respeito à sua história, aos seus associados, atletas, funcionários e milhares de torcedores, vem a público reiterar o seu compromisso ético e a sua absoluta intransigência em relação a qualquer comportamento que fira a lisura e a transparência que devem nortear a prática e as competições esportivas em todos os níveis. Em quaisquer circunstâncias, repudiamos veementemente qualquer tentativa ou atos que visem manipular resultados no esporte.
É inadmissível, e por todas as formas condenável, condutas ilícitas, antiéticas, imorais e antidesportivas, inaceitáveis em qualquer nível.
Com essa convicção, O Esporte Clube Juventude, em face das recentes publicações divulgadas na imprensa relacionadas à “Operação Penalidade Máxima”, citando nominalmente três atletas que atuaram pelo Clube em 2022, e que atualmente estão vinculados a outras agremiações, como investigados na referida operação, reitera o seu firme posicionamento de colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, para que os fatos sejam regularmente apurados e os responsáveis identificados e responsabilizados na forma e no rigor da lei.